Thursday, November 23, 2006
Loueke! Quem?
Depois do concerto dos "extraterrestres" Keith Jarrett, Jack DeJohnette e Gary Peacock, eis que chega o Herbie Hancock na mesma semana!! Uff!! Não é fácil digerir tanta coisa. E num concerto de mais um "extraterrestre", a surpresa veio de uma guitarra. Lionel Loueke, músico do Benin, é uma verdadeira caixinha de surpresas. E alia ao seu enorme talento uma dose interessante de originalidade. Nascido em África, estudou música em Paris e depois na Berklee School of Music, nos EUA. E consegue juntar todas estas influências de uma forma bastante interessante. Um valor a não perder de vista.
http://www.youtube.com/watch?v=HRKz5oN_1Eo
www.lionelloueke.com
Watch for yourself!
Thursday, November 09, 2006
Já só faltam três dias...
Wednesday, October 11, 2006
Introducing... Mr. Mike Mangini
Se me conseguirem explicar onde é que os braços dele estão no fim do solo, agradecia :)
Friday, September 29, 2006
Com Cheerleaders assim... vale a pena
Se quiserem ler toda a reportagem cliquem aqui.
Thursday, August 10, 2006
Even the score
Tuesday, August 08, 2006
Stanley Jordan
Monday, July 31, 2006
Miles Away
Miles Davis é uma destas excepções. O trompetista norte-americano revolucionou a música no século XX e a sua influência vai perdurar por muitos séculos. O menino que nasceu em Saint Louis cedo ganhou interesse pela música e mudou-se para New York assim que completou o ensino secundário. Foi aqui que conheceu o mundo do jazz, no famoso circuito de bares da Big Apple. Ainda jovem, Miles conheceu alguns nomes grandes do jazz como Charlie Parker, Jack DeJohnette ou Art Blakey. Aprendeu com eles, mas tão importante como isso foi a preocupação em encontrar a sua “voz” no trompete, a sua sonoridade, aquilo que o iria distinguir de todos os outros. Esse foi um percurso de toda uma vida, que pode ser apreciado na longa discografia do artista. Desde os primeiros anos a tocar standards até à fase “eléctrica” e progressiva, Miles Davis é inconfundível. Trabalhou com John Coltrane, Sonny Rollins, Chick Corea, Keith Jarrett, Art Tatum, Charles Mingus, Philly Joe Jones, Dizzy Gillespie, entre muitos outros. Mas sempre se conseguiu destacar pela originalidade, criatividade e inovação. Como li nalgum lado, Miles Davis é o Picasso do jazz. Não sei se a comparação é ideal ou não, mas o trompetista negro de mau feitio é talvez o músico mais influente do jazz do século passado.
Pouco tempo antes de Jimi Hendrix falecer, os dois músicos tinham-se juntado e preparavam-se para gravar um álbum juntos. Infelizmente, esse disco nunca chegou a acontecer. Miles soube da notícia da morte do guitarrista, e pela primeira vez na sua vida achou que devia ir a um funeral. O sonho tornava-se impossível de realizar: conhecendo-se o génio dos dois músicos, a música seria provavelmente algo impossível de descrever. Afinal o que aconteceria se se juntassem os dois maiores músicos do século XX??? Nunca se saberá...
Miles morreu em 1991, mas a sua música é eterna.
Wednesday, June 28, 2006
A vingança serve-se fria...
Thursday, June 01, 2006
Plágio ou coincidência???
Para quem é fã da banda ou quem se interessa por música aqui fica o link com o excerto do programa de rádio onde se pode ouvir a investigação sobre este caso:
WGMD Radio News
Thursday, May 25, 2006
Rock Encyclopedia Chapter 16
Clássicos do Rock - de 1980 a 2000
Capítulo 16: 1995
Estamos praticamente a meio da década de 90. A indústria musical começa a sofrer algumas alterações, principalmente pela “explosão” de ficheiros MP3 através da Internet, fenómeno que começa a crescer neste ano, e desde aí não mais parou até aos dias de hoje.
Os Dire Straits separam-se, pondo fim a uma brilhante carreira. Por outro lado formam-se os System Of a Down, uma das bandas mais inovadoras na cena metal a aparecer nesta década.
Quanto a discos influentes lançados em 1995, temos “King For a Day...Fool For a Lifetime” dos Faith No More, “Wolfheart” dos Moonspell (maioritariamente a uma escala nacional) e dois que vou falar mais detalhadamente.
Os Garbage formam-se em 1993, pela mão dos 3 produtores Butch Vig, Duke Erikson e Steve Marker. Estes juntam-se para uma jam session mas acabam por recrutar Shirley Manson para a voz e assim nasce uma das mais inovadoras bandas pop rock da década de 90. Como não podia deixar de ser, o álbum de estreia “Garbage” é extremamente bem produzido, com particular destaque para os arranjos das músicas, que fazem a banda apresentar uma sonoridade diferente do habitual em bandas pop. O álbum começa a ter sucesso nos E.U.A. mais para finais do ano, quando “Queer” passa a ter forte destaque nas rádios. Mais tarde também “Stupid Girl” e “Only Happy When It Rains” recebem forte airplay, ajudando o álbum a atingir “ouro” em meados de 1996. “Garbage” acaba por ser um dos melhores discos pop do ano e uma lufada de ar fresco neste estilo musical.
Este é um dos maiores discos de industrial, feito por um nome que dispensa apresentações neste estilo. Os Fear Factory lançam “Demanufacture”, o segundo álbum da carreira, onde aperfeiçoam a reconhecida sonoridade da banda, misturando a electrónica industrial e samples com o pesado death metal. O resultado acaba por ser excelente, e o disco é aclamado um pouco por todo o mundo. A partir daí o industrial nunca mais foi o mesmo. A bateria de Herrera, misturada com os riffs pesadões de Cazares e os refrões melódicos de Burton C. Bell deixaram a sua marca para sempre. Basta ouvir “Replica”, “Dog Day Sunrise”, “Self Bias Resistor” ou “Demanufacture” para se perceber porquê…
Até para a semana.
Rock On!
Tuesday, May 23, 2006
Defeso Musical
Bom, mas isto tudo para falar de duas coisas que já espero com alguma ansiedade. Os Iron Maiden já efectuaram as gravações do seu novo álbum de estúdio, e ainda não ouvi falar da data prevista de lançamento. Apenas sei que já está a ser misturado pelo "mestre" Kevin Shirley... e conhecendo bem a banda britânica não posso esperar para ouvir a sonoridade do novo material.
Por falar em Kevin Shirley, o homem que costuma misturar os álbuns de Dream Theater, os norte americanos fizeram um concerto no passado mês de Janeiro com uma orquestra!!!, após 20 anos de carreira. Se já os Metallica tinham tido uma experiência bastante interessante com a San Francisco Symphony Orchestra (lançada em "S&M), então a espera para ouvir os génios do rock progressivo a tocar com uma orquestra vai ser longa... mas certamente vai valer bem a pena. Datas previstas é óbvio que também não há, mas não me parece que o lançamento deste concerto em CD e DVD seja feito durante este ano.
Entretanto temos um mês de Mundial (9 Junho a 9 Julho), antecedido pelo Europeu de Sub-21, para nos ajudar a esperar pelas novidades musicais.
Up the irons!
Wednesday, April 26, 2006
FF@Almada
Desde "Self Bias Resistor", "Shock", "Edgecrusher", "Linchpin", passando por "Martyr", entre muitas outras, e o encore com "Replica" e "Ressurrection", era difícil pedir mais. O Incrível Almadense voltou a viver uma grande noite de metal, e os fãs de FF também. Parte de "Walk" (dos Pantera) foi também revivido pelos FF, numa homenagem ao falecido guitarrista Dimebag Darrel, que chegou para pôr todos a saltar e a gritar o nome de um dos mais carismáticos guitarristas do heavy metal (morto por um fã durante um concerto, em 2004).
Pena que ultimamente os concertos de metal andem tão escassos por cá. As melhores bandas (não significa as mais conhecidas) continuam sem incluir o nosso país nas suas tournées. Será que os nossos promotores de concertos andam a dormir, ou só lhes interessa trazer grandes nomes ao Pavilhão Atlântico?
Thursday, April 20, 2006
Rock Encyclopedia Chapter 15
Clássicos do Rock - de 1980 a 2000
Capítulo 15: 1994
De 12 a 14 de Agosto realizou-se a segunda edição do Festival Woodstock, em comemoração dos 25 anos sobre o evento original de 1969. Com o lema “Three more days of peace, love and music”, o festival teve um ambiente completamente diferente do Woodstock original e acaba mesmo por ficar conhecido como “Mudstock” devido às enormes batalhas de lama entre o público presente e algumas bandas. Os maiores nomes presentes foram Santana, Aerosmith, Peter Gabriel, Metallica, Green Day, Nine Inch Nails, Red Hot Chilli Peppers, Cypress Hill, Joe Cocker, entre outros.
Kurt Cobain suicida-se na sua própria casa, em Abril deste ano, e a sua morte acaba por torná-lo num ícone da música rock em todo o mundo. Neste ano é editado “MTV Unplugged in New York”, até hoje um clássico dos álbuns ao vivo, e uma das maiores performances da banda antes da morte do seu frontman.
O quarto álbum dos Soundgarden acaba por ser o que mais sucesso teve na carreira do grupo originário de Seattle. “Superunknown” é um disco que revela uma banda no auge da originalidade e maturidade na composição, enquanto mantém as características da sonoridade do quarteto. O som grunge, com influências “Zeppelianas” e de heavy metal, marca o som dos Soundgarden, além das dissonâncias e compassos invulgares. Neste disco há também algumas incursões pela pop, no que é exemplo o hit single “Black Hole Sun”. Ao todo são 15 músicas, que ajudaram a elevar os Soundgarden a banda de culto. Sem dúvida um dos grandes discos desta década.
Até para a semana.
How Does it Feel to Be Alive?!
Tuesday, April 18, 2006
Terror, onde?
A primeira metade do filme chega a ser muito má, e parece que estamos a ver um qualquer teenager road movie de má qualidade, com um argumento que roça a banalidade. Ao fim de quase uma hora lá vem um pouco de gore, quase forçado, aparecendo como acessório de uma estória muito fraca, e não de uma forma natural. Isto, para um filme que se apresentava no cartaz como "the scariest movie in a decade", é manifestamente insuficiente.
O filme aborda o tráfico de seres humanos, que são depois mortos de várias formas por psicopatas que pagam para assassinar as vítimas das mais diversas formas. Mesmo assim o realizador cai muito no facilitismo, e nunca chega a explorar o lado da estória que poderia ser desenvolvido de uma forma muito mais interessante. Excepção feita a duas ou três cenas e alguns pormenores, o resto do filme acaba por ser demasiado superficial e caír facilmente no tédio. O filme até poderia servir para uma séria reflexão sobre a crueldade humana para com os seus semelhantes e os limites do sofrimento e tortura impostos, mas é certamente coisa que não se vê neste "Hostel". Os efeitos sonoros e a música são demasiado excessivos, "empurrando" sempre o espectador para onde o realizador deseja, não deixando que os sentimentos passem de uma forma natural através da imagem e do próprio argumento.
Ao contrário do que estava à espera, este é um filme de estúdio à boa maneira hollywoodesca, e como geralmente sucede neste género, a boa produção não disfarça o mau conteúdo, e a lógica comercial sobrepõe-se ao interesse de criar um filme com qualidade que leve as audiências a reflectirem.
Vejam. Mas depois não digam que não avisei!
Thursday, April 06, 2006
Rock Encyclopedia Chapter 14
Capítulo 14: 1993
Em 1993 é lançado o último álbum de estúdio dos Nirvana, “In Utero”. Kurt Cobain viria a morrer no ano seguinte e a carreira dos Nirvana termina. Este ano vê partir Frank Zappa, um dos maiores génios musicais do século XX ligados ao rock. Zappa torna-se uma das maiores influências para músicos da sua geração e das seguintes.
O mítico vocalista dos Iron Maiden resolve sair da banda, após muitos anos e os britânicos dão o seu último concerto com Dickinson em Agosto, espectáculo que é transmitido pela televisão britânica (Bruce acaba por mais tarde regressar aos Maiden, levando consigo Adrian Smith, mais concretamente em 1999, depois de ter lançado vários discos a solo). Quanto aos álbuns mais influentes do ano, a escolha vai para os Sepultura, Gary Moore e Anthrax.
Um dos álbuns mais proeminentes desta década. Os brasileiros Sepultura conseguem um dos discos mais aclamados da sua carreira, juntando percussões fortes, letras que denunciavam a situação caótica no Brasil, ritmos bastante pesados e a brutal voz de Max Cavalera. Impressionante para quem conhece os primeiros passos da banda, onde gravam o primeiro disco pouco tempo depois de estarem juntos e ainda a aprender a tocar os instrumentos. Mas a evolução da banda foi rápida e notória de álbum para álbum, conseguindo alcançar alguns anos depois o estatuto de banda de culto no meio heavy metal mundial. Este “Chaos A.D.” tem grandes músicas como “Refuse/Resist”, “Territory”, a instrumental “Kaiowas”, “Propaganda” ou ainda “Nomad”, entre outras. Os Sepultura mostraram ao mundo outra forma de abordar e de fazer heavy metal, e apesar da saída de Max Cavalera (que veio a formar os Soulfly) após o sucessor de “Chaos A.D.” (“Roots”), esse mérito já ninguém lhes tira.
Gary Moore é um dos mais conceituados e talentosos guitarristas de blues rock das últimas décadas. O irlandês conseguiu o seu espaço ao criar um estilo e sonoridade muito próprias, nunca fugindo às raízes tradicionais do blues, mas acrescentando-lhe tonalidades rock e uma capacidade de composição acima da média. “Blues Alive” é um disco bastante interessante, com os maiores êxitos do guitarrista e um som muito bom, tendo em conta que é um álbum ao vivo. Toda a mestria e técnica de Moore podem ser apreciadas, desde as músicas mais rock como “Cold Day in Hell” ou “Walking By Myself”, passando pelas inevitáveis baladas e grandes sucessos como “Still Got The Blues”, “Parisienne Walkways” ou “The Sky is Crying”. É mais um daqueles discos para devorar do princípio ao fim, com as habituais improvisações num álbum ao vivo, que nos dão algo mais do que os álbuns de estúdio.
Para alguns, os Anthrax foram tão importantes como os Metallica ou os Megadeth na definição e crescimento do heavy e trash metal. Mas se isso é discutível, uma coisa parece certa: os Anthrax criaram uma sonoridade diferente (misturando algum hardcore, punk ou mesmo hip-hop) dentro do estilo clássico do heavy metal. E souberam-no fazer com sabedoria e qualidade, não só na parte instrumental, mas também nas letras e mensagem. “Sound of White Noise” surge numa fase de transição para os norte-americanos, que substituem o vocalista Joey Belladona por John Bush. Felizmente a qualidade das músicas fez com que a mudança de vocalista passasse para segundo plano, e nem nos lembramos disso ao ouvir o disco. “Only”, com um ritmo contagiante, “Room For One More”, “Hy Pro Glo”, “Invisible” ou “This is Not an Exit” são alguns exemplos da sonoridade que encontramos neste disco. Riffs de guitarra bem conseguidos, secção rítmica ao melhor nível e a voz de John Bush a encaixar perfeitamente no estilo e espírito das músicas. Para quem gosta de bom heavy metal, este é um daqueles discos que se devem ter na colecção.
Até para a semana.
Refuse. Resist!
Sunday, April 02, 2006
Mais sugestões...
Concerto baseado na banda sonora do filme “Alice”, de Marco Martins
Teatro Maria Matos
6 de Abril, 21h30
Rip Curl Pro (WQS Surf)
Peniche
7 a 9 de Abril
Festival Internacional de Cinema Independente - Indie Lisboa 2006
de 20 a 30 de Abril
Cinemas Londres, King e Fórum Lisboa
www.indielisboa.com
Fear Factory
Incrível Almadense
25 de Abril, 21h
Thursday, March 30, 2006
Rock Encyclopedia Chapter 13
Capítulo 13: 1992
Os primeiros anos da década de 90 continuam a ser marcados pelo crescimento e solidificação do movimento grunge um pouco por todo o mundo, e pela abertura de novas fronteiras no mainstream pelos maiores grupos de heavy metal. Os Nirvana atingem o 1º lugar no Top em vários países com o lançamento do ano anterior, "Nevermind".
Relativamente a novas bandas, temos os Korn e os Oasis, que se formam precisamente neste ano e que irão espalhar a sua influência mais tarde, embora em áreas distintas.
A escolha dos álbuns mais influentes do ano recaiu totalmente no heavy metal, pois todos eles serão discos muito influentes para o futuro, tanto a nível de composição como a nível de alargamento das fronteiras deste estilo, principalmente com a entrada em cena dos Rage Against The Machine (RATM). E numa altura em que cada vez mais estilos alternativos de rock atingiam o sucesso comercial, foram as bandas de heavy metal a marcar o passo e a compôr discos que vão influenciar as novas gerações de músicos.
Tal como os Metallica tinham feito no ano anterior, os Megadeth seguem os passos e lançam “Countdown to Extinction”, que embora seja bastante diferente de “Metallica”, possui alguns pontos em comum em relação à difusão do heavy metal no circuito mainstream e à qualidade do álbum. De facto “Countdown to Extinction” não tem tantos singles, digamos assim, como “Metallica”, mas é um disco bem tocado da primeira à última música, de uma composição e maturidade bastante acima da média. “Symphony of Destruction” conquistou desde logo airplay nas rádios e MTV, tornando-se um grande sucesso e ofuscando o resto das músicas. Mas quem ouvir com atenção vai descobrir grandes músicas como “High Speed Dirt”, “Countdown to Extinction”, “This Was My Life”, “Foreclosure of a Dream”, enfim, quase podia citar os temas todos do álbum. Os Megadeth atingiam o pico da sua carreira, e este line-up, que vinha desde “Rust in Peace (o álbum mais complexo musicalmente dos Megadeth, lançado em 1990) mantém-se neste álbum e por mais dois, construindo a fase mais sólida da carreira do grupo, desde sempre liderado por Dave Mustaine.
Os Pantera foram uma banda que marcou a diferença, pela positiva, no mundo do rock. E se “Cowboys From Hell” já tinha prometido, então com “Vulgar Display of Power” a banda atinge definitivamente um nível e estatuto merecidos pela originalidade, potência e energia que as suas músicas possuíam. Um dos primeiros álbuns de sempre deste género a estrear no primeiro lugar da Billboard Chart, mais um sinal de que o heavy metal tinha mais fãs do que as pessoas da indústria musical pensavam. Mas isso são apenas dados estatísticos... e o que interessa aqui é a música. Pois bem, desde a abertura com “Mouth For The War”, o épico “Walk”, passando pela “balada” “This Love”, é difícil ficar indiferente à energia e brutalidade (no bom sentido) dos Pantera. Há ainda uma das maiores músicas do metal dos anos 90, o rapídissimo e arrebatador “Fucking Hostile”, que contém uma mensagem social deveras interessante. Quem acha que metal é só barulho e vocalistas a berrar mensagens nonsense é porque nunca se deu ao trabalho de ouvir com atenção. Vale a pena apreciar a voz de Phil Anselmo, o excelente trabalho de bateria (principalmente no pedal duplo) de Vinnie Paul, o baixo “consistente” a complementar a secção rítmica e os riffs inigualáveis de Dimebag Darrel.
Este é o álbum homónimo de estreia dos Rage Against The Machine. E caiu que nem uma pedrada no charco, pois os RATM foram a primeira banda a misturar metal, hip-hop, punk e hardcore com qualidade e originalidade. Além disso sempre foram uma banda corrosiva e com críticas e mensagens políticas bastante duras em relação ao imperialismo e ao poder político dos E.U.A. Este disco contém alguns dos maiores êxitos na carreira da banda, como o inevitável “Killing in The Name”, “Bombtrack”, “Wake Up” ou ainda “Bullet in The Head”. Ao todo são 10 temas de puro groove, onde se destacam a guitarra inimitável de Tom Morello e a voz poderosa e autoritária de Zack De La Rocha. Isto sem desprimor para a secção rítmica dos Rage, que se entende às mil maravilhas e lança as bases para o estilo inconfundível da banda.
Até para a semana
We Gotta Take The Power Back!
Tuesday, March 28, 2006
Terror Asiático
Thursday, March 23, 2006
Rock Encyclopedia Chapter 12
Clássicos do Rock - de 1980 a 2000
Capítulo 12: 1991
Este foi um dos anos com mais acontecimentos “históricos” da última década. Freddie Mercury, o vocalista de Queen, morre a 24 Novembro, vítima de SIDA. Desaparecia assim um dos mais brilhantes vocalistas da história do rock. Neste ano falece também um dos músicos mais influentes de sempre, o genial Miles Davis, que foi um dos primeiros a usar instrumentos eléctricos no jazz e a fundi-lo com rock e outros estilos, que mudariam para sempre a música que hoje conhecemos.
Em Seattle, este foi o ano da explosão do grunge para o mundo. Os Nirvana lançam “Nevermind”, até hoje o álbum mais popular da banda, os Pearl Jam editam “Ten” e os Soundgarden regressam com “Badmotorfinger”, isto só para mencionar os mais importantes. Os Rage Against The Machine, uma das mais melhores e mais originais bandas a fundir o heavy metal com o rap ou hip hop, formam-se nesta altura.
Quanto a álbuns lançados, são tantos e tão importantes que mencioná-los a todos daria uma longa lista. Como habitualmente, vou falar daqueles que mais importância histórica tiveram, na minha opinião, para o desenvolvimento do rock.
“Nevermind” foi uma das grandes surpresas desta década. O segundo álbum dos Nirvana quebrou todas as barreiras e popularizou um género musical como poucos o tinham feito até então. Kurt Cobain torna-se mais tarde um ícone para jovens e adultos de diferentes gerações e, goste-se ou não, a música dos Nirvana mudou o mundo do rock para sempre. Os ritmos simples, a estrutura de quatro acordes da maior parte das músicas ou a mistura com o punk e o metal caracterizavam o som dos Nirvana. Exemplos disso são “Smells Like Teen Spirit”, “Come as You Are”, “Lithium” ou “In Bloom”. “Nevermind” marcou uma era e uma geração, mas a carreira dos Nirvana viria a acabar prematuramente com o suicídio do seu líder, Kurt Cobain, em Abril de 1994.
Até para a semana.
Get The Funk Out!
Monday, March 20, 2006
As duas faces de Ben
O compositor, guitarrista e vocalista leva-nos a diferentes emoções ao longo das 18 músicas que podemos apreciar em "Both Sides of The Gun". Estão lá as baladas, a melancolia, a slide guitar, as letras por vezes intimistas, a vontade de mudar o mundo, o rock, os blues, o funk, enfim, tanta coisa que não dá para enumerar tudo. Mas este é sem dúvida alguma um álbum a explorar, bastante interessante e diversificado. Carreguem no play em cima, apreciem e "acreditem" neste "Better Way"...
I'm a living sunset
lightning in my bones
push me to the edge
but my will is stone
fools will be fools
and wise will be wise
but i will look this world
straight in the eyes
what good is a man
who won't take a stand
what good is a cynic
with no better plan
reality is sharp
it cuts at me like a knife
everyone i know
is in the fight of their life
take your face out of your hands
and clear your eyes
you have a right to your dreams
and don't be denied
I believe in a better way
Thursday, March 16, 2006
Rock Encyclopedia Chapter 11
Capítulo 11: 1990
Eis que chegamos ao início da década de 90. Muita e boa música se fez nos anos 80, mas a década de 90 não lhe fica atrás. Nota-se, ao longo dos anos, uma evolução nos estilos musicais dentro do próprio rock, além de que nos anos 90 a música electrónica começa a surgir em força e a influenciar cada vez mais bandas pop, rock ou metal.
Neste ano morre Stevie Ray Vaughan, o grande guitarrista de blues que deixou atrás de si um legado e uma influência musical bastante grandes.
E logo em 1990 temos muitos álbuns de qualidade que vão marcar definitivamente a sonoridade nos anos seguintes. De alguns deles vou falar mais aprofundadamente.
Aquela que viria a tornar-se na formação clássica de Megadeth gravou 4 álbuns, e “Rust in Peace” foi o primeiro deles. E os bons dotes composicionais de Dave Mustaine só ficaram a ganhar com a entrada de Marty Friedman e Nick Menza, produzindo um dos melhores álbuns do heavy metal clássico de sempre. À semelhança de “...And Justice For All” nos Metallica, este “Rust in Peace” é também o disco mais trabalhado, complexo e técnico da carreira dos Megadeth. “Holy Wars...The Punishment Due” abre o álbum, com uma rapidez trash, aliada a uma técnica acima da média, e torna-se para sempre num clássico da banda norte-americana. Há ainda “Hangar 18” com estonteantes solos de guitarra, “Lucretia” com grandes riffs, “Tornado of Souls” com um groove e trabalho de guitarras impressionante ou “Rust in Peace...Polaris”, a fechar o álbum com mais uma música rápida e técnica.
Os Extreme foram uma das grandes bandas da década de 90. Nuno Bettencourt, o extraordinário guitarrista, foi um dos grandes responsáveis pela sonoridade dos Extreme. Apesar da sua sonoridade percorrer terrenos tão distintos como o heavy metal, o pop ou o hard rock, o grande hit deste álbum foi uma balada apenas com guitarra acústica e voz: o inesquecível “More Than Words”. Mas “Pornograffitti” é muito mais que isso. Tem um pouco de todos os ingredientes que nos habituámos a ouvir em Extreme, desde os riffs pesados, passando pelo som funk e groovy, às calmas baladas. “Decadence Dance”, “Get The Funk Out”, “More Than Words” e “Pornograffitti” são dos temas mais bem conseguidos e todos eles são totalmente diferentes um do outro. É por isso que os Extreme atingiram logo sucesso com este segundo álbum, com uma qualidade e maturidade composicional bem altas.
Até para a semana.
Clash With Reality!
Wednesday, March 15, 2006
SBSR 2006
ACT I
26 Maio- Tool, Placebo, Deftones, Alice in Chains
7 Junho- Franz Ferdinand, The Cult, Keane, dEUS, Editors
8 Junho- 50 Cent, Pharrell Williams, Patrice, Boss AC
Tuesday, March 14, 2006
September Notes
Monday, March 13, 2006
Ondas Sonoras
Thursday, March 09, 2006
Rock Encyclopedia Chapter 10
Capítulo 10: 1989
Pouco a realçar este ano, além da estreia discográfica de algumas bandas importantes e um ou outro álbum ou single que fizeram a diferença no meio de inúmeros lançamentos. Começamos pelas estreias: Extreme com “Extreme”, Lenny Kravitz com “Let Love Rule”, Mr. Big com “Mr. Big”, Nirvana com “Bleach” e Skid Row com “Skid Row”, tudo bandas que alcançaram fama e glória nos anos seguintes.
Neil Young, após alguns anos de experimentalismos e álbuns controversos, lança “Freedom”, que alcança algum sucesso e imortaliza uma das mais emblemáticas canções de rock de todos os tempos: “Rockin’ in The Free World”. Os Dream Theater estreiam-se com “When Dream And Day Unite”, apenas uma amostra daquilo que os vai tornar 10 anos mais tarde na banda mais importante e talentosa na área do rock progressivo.
Neste ano assistimos também à formação de duas bandas com importância na década seguinte, os Marilyn Manson e os Therapy?. Os álbuns de 1989 que escolhi analisar pertencem aos The Cult e aos Ministry.
O 4º álbum dos The Cult foi talvez o que mais sucesso e impacto teve na sua carreira. “Sonic Temple” é um misto de baladas, diferentes estilos de hard rock e heavy metal, ao mesmo tempo que tentava manter um groove e algumas parecenças com o rock comercial dos anos 80. O single “Fire Woman” catapultou a banda para o Billboard Top Ten e garantiu-lhes o sucesso e estatuto que não tinham logrado atingir com os discos anteriores. O conhecido baterista Matt Sorum chegou e gravou “Sonic Temple”, mantendo-se com a banda até à altura em que começaram a trabalhar no álbum sucessor deste, indo depois juntar-se aos Guns N’ Roses.
Este álbum consegue colocar os The Cult como banda de suporte na tournée “Damaged Justice” dos Metallica, embora a sonoridade seja consideravelmente diferente daquilo que os Metallica praticavam na altura. Curiosamente quem produziu este álbum foi Bob Rock, que se tornou famoso por produzir o “black album” dos Metallica e os álbuns posteriores.
Os Ministry foram uma das bandas que mais popularizou o estilo industrial, juntando pesados riffs de heavy metal, criando um som muito próprio. O industrial intenso e agressivo dos Ministry pode ser bem apreciado neste “The Mind is a Terrible Thing to Taste”, uma excelente mistura da parte electrónica (sintetizadores) com o som cru e trash das guitarras e da percussão. Este é sem dúvida um dos álbuns mais bem conseguidos da carreira dos Ministry e um clássico para quem gosta de sonoridades “industriais”. “Burning Inside”, "Breathe", "So What" ou "Test" são belos exemplos das descargas industriais e da intensidade na música e sonoridade dos Ministry.
Até para a semana.
Keep the Volume High!
Wednesday, March 08, 2006
Testament em Corroios!
Tuesday, March 07, 2006
Ali Farka Touré
Monday, March 06, 2006
Breves Musicais
Os "ressuscitados" Pixies estão de regresso a Portugal, desta vez para um concerto no Pavilhão Atlântico a 20 Julho. Quem estiver interessado, os bilhetes estão à venda e custam entre 24 e 33 €.
Os Three 6 Mafia conquistaram o Óscar de melhor canção original com "It's Hard Out Here For a Pimp", para o filme "Hustle & Flow". Tornaram-se nos primeiros hip-hoppers a actuar numa Cerimónia de entrega dos Óscares. Depois de ter visto, não percebi o prémio. Não aprecio particularmente hip-hop, mas há coisas bem melhores que aquilo que os Three 6 Mafia demonstraram ontem em palco. Até o Eminem fazia melhor. A Academia deve estar louca.
Thursday, March 02, 2006
Rock Encyclopedia Chapter 9
Capítulo 9: 1988
Pela primeira vez na história da música, as vendas de Cd’s ultrapassaram as vendas de vinil. A experiência de ouvir música em casa nunca mais seria a mesma. O formato digital impõe-se de vez e só alguns puristas continuam a comprar discos de vinil.
A nível de lançamentos discográficos, os Soundgarden estreiam-se com “Ultramega OK”, que marca o início de uma das melhores bandas de rock de sempre. Os Suicidal Tendencies lançam “How Will I Laugh Tomorrow When I Can’t Even Smile Today?”, um dos maiores êxitos da banda que ficou conhecida pela sua enérgica mistura de hardcore com heavy metal. Uns Pink Floyd já enfraquecidos pelas saídas de Gilmour e Waters lançam um álbum ao vivo com os maiores êxitos da banda, “Delicate Sound of Thunder”. Mas os discos que mais marcaram este ano foram, na minha opinião, “Operation: Mindcrime” dos Queensrÿche e “...And Justice For All” dos Metallica.
Um álbum conceptual e uma das primeiras grandes obras do rock/metal progressivo. É um álbum muito rico, tanto musicalmente como liricamente. Temas como “Revolution Calling”, “Operation: Mindcrime”, “Suite Sister Mary” (inclui orquestrações de Michael Kamen, o mesmo que trabalhou com os Metallica em S&M) ou “I Don’t Believe in Love” conferem genialidade ao trabalho dos Queensrÿche. Muito focado na política americana, este é daqueles álbuns que têm de se ouvir do princípio ao fim, se queremos perceber a sequência lógica das músicas e a própria “estória” que está por detrás do conceito do disco. Para quem gosta de prog metal actual, "Operation: Mindcrime" é um disco obrigatório para conhecer as referências do passado.
Mais uma obra prima dos norte-americanos. Este foi o primeiro álbum da era pós Cliff Burton, e é, até à data, o álbum mais maturo e complexo dos Metallica em termos de composição musical. Sem perder minimamente o peso e a harmonia de Master of Puppets, este “...And Justice For All” vai ainda mais longe no sentido de estender a capacidade compositora dos Metallica enquanto um todo. “Blackened” abre o álbum a todo o gás, “...And Justice For All” segue-lhe o rasto, e temos logo dois temas longos e épicos, de uma qualidade impressionante. “One” e “Harvester of Sorrow” são outros dois clássicos que fazem parte deste disco, um grande momento instrumental com “To Live is To Die”, o rapídissmo “Dyers Eve”, enfim, “...And Justice For All” é um álbum extremamente rico, de uma complexidade nunca vista em Metallica e que mais uma vez ultrapassou barreiras e estendeu novos caminhos ao heavy metal. O único senão é a produção do álbum, pois a qualidade sonora deixa um pouco a desejar, a juntar ao facto de o baixo praticamente não se ouvir durante todo o álbum por decisão da banda (muito discutível, diga-se) devido a Jason Newsted ser o membro novato que substituiu Cliff Burton.
Até para a semana.
The Feeling's Back!
Wednesday, March 01, 2006
Back in the Village
Nunca consegui gostar do Carnaval. Mas há sítios que nos fazem esquecer todos os defeitos desta época. Sítios e pessoas. A banda sonora destes dias não foi certamente a ideal, mas os amigos e as praias do Baleal fazem-nos esquecer quase tudo. O frio, a péssima música da Voilà e do Bar d'Ilha, as tardes de Inverno sem nada para fazer... o que é certo é que ainda agora cheguei, e sem saber porquê, só penso em voltar. Ficam 4 dias de "estórias" surreais e memórias que vou guardar para sempre.
A todos os que lá estiveram e partilharam as longas noitadas e as tardes entediantes, um até breve!
Thursday, February 23, 2006
Rock Encyclopedia Chapter 8
Capítulo 8: 1987
Talvez pela primeira vez na história uma banda tinha conseguido misturar géneros tão diferentes como o hip-hop, o funk, o heavy metal e o rock, sem que soasse forçado ou sem qualidade. Os autores da “proeza” eram os Faith No More (FNM), que em 1987 lançam o seguimento de “We Care a Lot” (1985), intitulado “Introduce Yourself”. Só faltava uma coisa para a música dos FNM se elevar a patamares ainda superiores: o fantástico vocalista Mike Patton, que se junta à banda em 1988. Muitas foram as bandas influenciadas pela sonoridade dos FNM, mas estes sempre foram a grande referência do estilo, até à sua separação definitiva em 1998.
Noutra área, a do rock instrumental, Joe Satriani abria definitivamente caminho à grande dificuldade que os músicos tinham em lançar álbuns instrumentais, pois são dirigidos a um mercado substancialmente mais pequeno e as editoras não apostavam neste estilo. Conseguiu-o com um álbum que é, até hoje, considerado um clássico do rock instrumental: “Surfing With The Alien”. O virtuoso guitarrista estruturou muito bem as músicas, e em vez das melodias e refrões normalmente cantados, temos as guitarras a assumir o papel principal. E a qualidade do álbum faz com que nos esqueçamos das vozes por completo, os instrumentos assumem o papel principal e conseguem transmitir-nos os mais variados sentimentos sem que seja necessário recorrer a quaisquer palavras.
Por esta altura haviam uns irlandeses que andavam nas bocas do mundo. Como já devem ter percebido, eram os U2. A banda liderada por Bono contava já com 4 discos e em 1987 lança um dos melhores e mais bem sucedidos álbuns da sua carreira: “The Joshua Tree”. Os U2 são hoje talvez a maior referência do rock n’roll mundial, não apenas pela música que fazem mas também pelo seu activismo político. A banda irlandesa conseguiu criar um som único, aliando à sonoridade tradicionalmente rock as guitarras carregadas de reverb e echo, alguns elementos electrónicos (principalmente na década de 90) e a voz poderosa e singular de Bono.
Outra banda que iria dar muito que falar era originária dos Estados Unidos e intitulava-se Guns N’Roses (GN’R). Os GN’R foram uma pedrada no charco no mundo do rock da altura. Por tudo o que trouxeram musicalmente, mas também pela atitude rebelde e de confrontação, pelas inúmeras polémicas que foram causando e ainda pelo seu frontman, Axl Rose. É neste ano que lançam o seu álbum de estreia, “Appetite for Destruction”, um misto de hard rock e grandes baladas. Até hoje, poucas bandas conseguiram alcançar o talento e estatuto que os GN’R tiveram durante muitos anos, até à saída de todos os elementos da banda, excepto o vocalista Axl Rose, no final da década de 90.
“The Joshua Tree” contém alguns dos maiores hinos da banda irlandesa. Menos político em termos líricos que “War”, este álbum move-se por terrenos mais escuros e tenta encontrar sentido e esperança num mundo melhor. Ao todo são 11 canções ao estilo dos U2, onde também conseguimos encontrar influências de country e blues. Para a história ficam músicas eternas como “Where The Streets Have No Name”, “With or Without You” e “I Still Haven’t Found What I’m Looking For”. Goste-se ou não, é difícil ficar indiferente à força destas canções.
Se ouvirmos este álbum e tentarmos recuar no tempo, facilmente percebemos o enorme talento dos GN’R: quase 20 anos depois o som mantém-se de uma actualidade impressionante. Riffs pesados q.b., intercalados com grooves bluesy e grandes solos de guitarra (da dupla Slash e Izzy), juntos com uma secção rítmica bastante coesa e o poder vocal e icónico de Axl Rose foram a chave para o sucesso e reconhecimento. Desde o início com o rápido e cru “Welcome to the Jungle”, passamos por canções mais lentas e melancólicas como “Mr. Brownstone” e temos ainda os hinos “Paradise City” e “Sweet Child O’Mine”, entre muitos outras canções de intensidades e ambiências diferentes, este é sem dúvida um álbum para ouvir do princípio ao fim.
Até para a semana.
Take Me Down To The Paradise City!
Wednesday, February 22, 2006
Sugestões Culturais
Monday, February 20, 2006
O Regresso do Rei
B.B. King poderá estar de regresso a Portugal 4 anos depois. O Rei do Blues vai efectuar a sua última tournée europeia e Portugal é apontado como o possível último concerto de B.B. King em solo europeu. Uma oportunidade única para ver de perto uma lenda viva da música mundial, e provavelmente a última. B.B. é considerado por muitos o melhor músico de blues de todos os tempos. Agora o mítico guitarrista e a sua inseparável "Lucille" poderão brindar os fãs portugueses com uma das suas últimas actuações. O concerto está inserido numa iniciativa da Câmara Municipal de Santarém, a primeira edição do Festival de Alviela, a realizar em Julho deste ano. O Festival vai ter como objectivo a sensibilização da população para os problemas ambientais do Rio Alviela, e parece que a C.M. Santarém está empenhada em contratar nomes sonantes da música internacional para actuar no evento. Segundo o management de B.B. King, o artista revelou-se interessado em terminar a tournée europeia em território nacional, já que é uma pessoa sensibilizada para os problemas ambientais. Só resta esperar que tudo se concretize e que tenhamos oportunidade para um último passeio com o rei.
Let's Go "Riding With The King" in Santarém!
Thursday, February 16, 2006
Rock Encyclopedia Chapter 7
Capítulo 7: 1986
1986 foi um ano fértil em lançamentos discográficos importantes para a história do rock. A maior revolução aconteceu porventura nas vertentes mais “pesadas”, onde bandas como Metallica, Slayer, Iron Maiden ou Megadeth vão definir o standard daquilo que vai ser o heavy metal daí para a frente. Os Megadeth lançam "Peace Sells... But Who's Buying?", um clássico trash da banda de Dave Mustaine, que mais tarde se vai mover noutros terrenos musicais. Os britânicos Iron Maiden regressam com um dos mais consistentes discos da sua longa carreira, "Somewhere in Time", enquanto que os Slayer arrasam tudo e todos com "Reign in Blood", um álbum que redefiniu o trash metal.
Mas a história deste ano não fica por aqui. Houve ainda álbuns que fizeram sucesso, uns mais inovadores que outros, mas cuja importância não pode ser ignorada. Os Genesis com “Invisible Touch”, a estreia dos Beastie Boys com “Licensed to Ill”, Peter Gabriel e “So” ou David Lee Roth em “Eat’em And Smile”, só para dar alguns exemplos. Para análise mais pormenorizada escolhi "A Kind of Magic" dos Queen e "Master of Puppets" dos Metallica.
Desde "Battery", um tema rapídissimo, a fazer lembrar os tempos de "Kill’em All", a acabar em "Damage, Inc.", este disco tem um pouco de tudo. No épico que dá título ao álbum, uma reflexão sobre os efeitos da droga no ser humano, temos 8 minutos de riffs rápidos, intercalados com o refrão e bridge mid-tempo, guitarra clean e harmonias a duas guitarras, e o final novamente rapídissimo. Metallica no seu melhor nível de inspiração... podemos ainda apreciar a lenta mas pesada “The Thing That Should Not Be”, o clássico “Welcome Home (Sanitarium)”, mais um grande momento com a crítica à política de guerra no veloz “Disposable Heroes”, o pesadelo em “Leper Messiah”, o instrumental “Orion” (que grande desempenho de Cliff Burton) e a insanidade de "Damage, Inc.". A realçar ainda as letras de James Hetfield, aqui a atingir também um nível de composição bastante interessante.
Até para a semana.
Don't waste your time always searching for those wasted years!