Thursday, March 09, 2006

Rock Encyclopedia Chapter 10

Clássicos do Rock - de 1980 a 2000
Capítulo 10: 1989


Pouco a realçar este ano, além da estreia discográfica de algumas bandas importantes e um ou outro álbum ou single que fizeram a diferença no meio de inúmeros lançamentos. Começamos pelas estreias: Extreme com “Extreme”, Lenny Kravitz com “Let Love Rule”, Mr. Big com “Mr. Big”, Nirvana com “Bleach” e Skid Row com “Skid Row”, tudo bandas que alcançaram fama e glória nos anos seguintes.

Neil Young, após alguns anos de experimentalismos e álbuns controversos, lança “Freedom”, que alcança algum sucesso e imortaliza uma das mais emblemáticas canções de rock de todos os tempos: “Rockin’ in The Free World”. Os Dream Theater estreiam-se com “When Dream And Day Unite”, apenas uma amostra daquilo que os vai tornar 10 anos mais tarde na banda mais importante e talentosa na área do rock progressivo.
Neste ano assistimos também à formação de duas bandas com importância na década seguinte, os Marilyn Manson e os Therapy?. Os álbuns de 1989 que escolhi analisar pertencem aos The Cult e aos Ministry.


O 4º álbum dos The Cult foi talvez o que mais sucesso e impacto teve na sua carreira. “Sonic Temple” é um misto de baladas, diferentes estilos de hard rock e heavy metal, ao mesmo tempo que tentava manter um groove e algumas parecenças com o rock comercial dos anos 80. O single “Fire Woman” catapultou a banda para o Billboard Top Ten e garantiu-lhes o sucesso e estatuto que não tinham logrado atingir com os discos anteriores. O conhecido baterista Matt Sorum chegou e gravou “Sonic Temple”, mantendo-se com a banda até à altura em que começaram a trabalhar no álbum sucessor deste, indo depois juntar-se aos Guns N’ Roses.
Este álbum consegue colocar os The Cult como banda de suporte na tournée “Damaged Justice” dos Metallica, embora a sonoridade seja consideravelmente diferente daquilo que os Metallica praticavam na altura. Curiosamente quem produziu este álbum foi Bob Rock, que se tornou famoso por produzir o “black album” dos Metallica e os álbuns posteriores.


Os Ministry foram uma das bandas que mais popularizou o estilo industrial, juntando pesados riffs de heavy metal, criando um som muito próprio. O industrial intenso e agressivo dos Ministry pode ser bem apreciado neste “The Mind is a Terrible Thing to Taste”, uma excelente mistura da parte electrónica (sintetizadores) com o som cru e trash das guitarras e da percussão. Este é sem dúvida um dos álbuns mais bem conseguidos da carreira dos Ministry e um clássico para quem gosta de sonoridades “industriais”. “Burning Inside”, "Breathe", "So What" ou "Test" são belos exemplos das descargas industriais e da intensidade na música e sonoridade dos Ministry.


Até para a semana.
Keep the Volume High!

No comments: