Thursday, March 23, 2006

Rock Encyclopedia Chapter 12

Clássicos do Rock - de 1980 a 2000
Capítulo 12: 1991


Este foi um dos anos com mais acontecimentos “históricos” da última década. Freddie Mercury, o vocalista de Queen, morre a 24 Novembro, vítima de SIDA. Desaparecia assim um dos mais brilhantes vocalistas da história do rock. Neste ano falece também um dos músicos
mais influentes de sempre, o genial Miles Davis, que foi um dos primeiros a usar instrumentos eléctricos no jazz e a fundi-lo com rock e outros estilos, que mudariam para sempre a música que hoje conhecemos.

Em Seattle, este foi o ano da explosão do grunge para o mundo. Os Nirvana lançam “Nevermind”, até hoje o álbum mais popular da banda, os Pearl Jam editam “Ten” e os Soundgarden regressam com “Badmotorfinger”, isto só para mencionar os mais importantes. Os Rage Against The Machine, uma das mais melhores e mais originais bandas a fundir o heavy metal com o rap ou hip hop, formam-se nesta altura.
Quanto a álbuns lançados, são tantos e tão importantes que mencioná-los a todos daria uma longa lista. Como habitualmente, vou falar daqueles que mais importância histórica tiveram, na minha opinião, para o desenvolvime
nto do rock.


“Nevermind” foi uma das grandes surpresas desta década. O segundo álbum dos Nirvana quebrou todas as barreiras e popularizou um género musical como poucos o tinham feito até então. Kurt Cobain torna-se mais tarde um ícone para jovens e adultos de diferentes gerações e, goste-se ou não, a música dos Nirvana mudou o mundo do rock para sempre. Os ritmos simples, a estrutura de quatro acordes da maior parte das músicas ou a mistura com o punk e o metal caracterizavam o som dos Nirvana. Exemplos disso são “Smells Like Teen Spirit”, “Come as You Are”, “Lithium” ou “In Bloom”. “Nevermind” marcou uma era e uma geração, mas a carreira dos Nirvana viria a acabar prematuramente com o suicídio do seu líder, Kurt Cobain, em Abril de 1994.


Três anos de preparação e uma ambição enorme levaram a banda norte-americana a lançar dois discos de uma só vez, “Use Your Illusion I” e “Use Your Illusion II”. Dois álbuns que ficarão para sempre na história do rock, contendo músicas de uma qualidade fantástica e alguns épicos, embora também alguns (poucos) temas menos bem conseguidos. Desde “Live And Let Die” a “November Rain”, passando por “Civil War”, “Don’t Cry”, You Could Be Mine” e a famosa versão de “Knockin’ on Heaven’s Door”, mais uma mão cheia de boas músicas, chega para colocar a banda no topo das mais talentosas nos anos 90. Os ícones Axl Rose e Slash são os principais responsáveis, e embora os outros elementos da banda fossem também talentosos, o seu carisma não era o mesmo.


Os Metallica regressam com aquele que ficou conhecido por “black album” e que foi um dos mais vendidos de sempre na história do heavy metal. E se é verdade que a promoção ao disco foi enorme, algo até então nunca visto para uma banda de metal, isso não retira o mérito ao quarteto norte-americano pela qualidade das músicas, aliadas a uma produção extremamente exigente e cuidada de Bob Rock. Metade dos temas deste álbum tornaram-se hinos dos Metallica e alargaram a sua base de fãs ao mainstream de uma maneira nunca antes vista. “Enter Sandman”, “Sad But True”, “Wherever I May Roam”, “The Unforgiven” e “Nothing Else Matters” foram os grandes responsáveis. Mas desengane-se quem rotula este álbum de comercial, pois o peso e os riffs característicos de Metallica continuam lá, desde “Holier Than Thou”, passando por “Through The Never”, “Of Wolf And Man” ou “Struggle Within”. Um disco para ouvir do primeiro ao último segundo.


Até para a semana.
Get The Funk Out!

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