Tuesday, November 29, 2005

O Dia em que o Metal Morreu...


“Dimebag” Darrell, assim era conhecido o guitarrista de Pantera. Um dos mais inovadores e brilhantes guitarristas de metal de sempre. No dia 8 de Dezembro do passado ano "Dimebag" e a sua nova banda, os Damageplan, estavam no início de mais um concerto, em Ohio, quando um homem saltou para o palco e começou a disparar. Vários tiros atingiram o guitarrista, que se revelaram fatais. Um dos dias mais tristes de sempre para os fãs de heavy metal e de Pantera, em particular. Um acto cobarde, cruel, estúpido, acabava com a vida de um músico que tinha o maior gosto naquilo que fazía, e compositor de álbuns (com Pantera) que ficarão para sempre na história, como “Cowboys From Hell” ou “Vulgar Display Of Power”. O assassino acabou por ser alvejado pela polícia, depois de ter feito mais 4 vítimas mortais entre o público. Nunca ninguém saberá o motivo do seu acto, embora se fale que este tenha dito qualquer coisa sobre Pantera a Dimebag antes de começar a disparar. Os Pantera tinham-se separado, e alguns dos seus fãs mais hardcore ficaram bastante abalados, atirando culpas ora para Phil Anselmo (vocalista) ora para os outros elementos da banda.
Ninguém podería ficar indiferente a este acontecimento. Vince, irmão de “Dimebag” e ex-baterista de Pantera (na altura também com Damageplan), estava em palco essa noite. E assistiu ao cruel assassínio mesmo em frente a si, sem nada poder fazer. Há dias que não devíam existir, que devíamos conseguir apagar do calendário. Vince isolou-se do mundo e até hoje não recuperou. Phil e Rex, restantes elementos de Pantera, também têm dificuldade em seguir as suas vidas depois do trágico acontecimento. Afinal todos tinham um passado comum, muitos anos de dedicação a uma banda que ficará para sempre na história do metal.
Phil Anselmo, carismático vocalista, deu uma entrevista o mês passado, onde revela pormenores bastante interessantes sobre a sua vida com Pantera e a sua relação com “Dimebag” Darrell. Vale a pena ler... aqui.
Todos os colegas músicos que conhecíam “Dimebag” dizem que era uma pessoa que vivía a vida intensamente e tinha um talento como poucos. A sua influência é bem espelhada pela quantidade de músicos que lhe dedicaram umas últimas palavras e pensamentos. Podem ler no site oficial dos Damage Plan.
O que vale é que a música é eterna. Para sempre ficarão na cabeça os riffs de Fucking Hostile, Mouth For War, Cowboys From Hell, Cemetery Gates, entre muitos outros...

RIP Dime.
Serás sempre um dos melhores...

Friday, November 25, 2005

Este é o país que temos...

..."A primeira mentira que o Governo promove acerca da Ota é a de tentar convencer os tolos que o futuro Aeroporto Internacional Mais Perto de Lisboa não vai custar praticamente nada aos cofres públicos. Acredite quem quiser, o Governo jura que a "iniciativa privada" resolveu oferecer um novo aeroporto ao país. Assim mesmo, dado, sem que saia um tostão do Orçamento do Estado, fora os milhões gastos nos estudos amigos. É falso e é bom que ninguém se deixe enganar logo à partida: parte do dinheiro virá da UE e podia ser gasto em qualquer coisa mais útil; parte virá do estao directamente; parte poderá vir dos utilizadores da Portela, chamados a custear a Ota, a partir de 2007, atrvés de uma taxa adicional cobrada em cada embarque; e a parte substancial virá ou da venda de património público (à ANA), ou da cedência de receitas do Estado a favor dos privados-as taxas aeroportuárias dos próximos 30 a 50 anos. É preciso imaginar que somos completamente estúpidos para não percebermos que abdicar de receitas ou vender património rentável é, a prazo, uma forma indirecta de realizar despesa, agravar o desequilíbrio das contas públicas e forçar o aumento de impostos para as compensar. E também uma forma de pagar bastante mais caro as obras públicas, para garantir o negócio à banca e aos investidores privados-como sucede com as SCUT e a Ponte Vasco da Gama. Se voltarem a ouvir dizer que a OTA vai saír de borla aos contribuintes, saibam que vos estão a tomar por estúpidos.
Resolvida esta questão prévia, o Governo e os seus cúmplices tinham mais três outras questões essenciais a explicar: que Lisboa vai precisar de muito maior capacidade aeroportuária num futuro médio;que, existindo o problema, a solução passa pela construção de um novo aeroporto de raíz e não pelo acrescento do actual ou pelo aproveitamento complementar com os seus adjacentes- Alverca ou Montijo; que esse novo aeroporto é viável, cómodo para os utentes e economicamente sustentável, situado a 50 quilómetros da cidade. Nada disso foi conseguido: o estudo apresentado pela Naer, mesmo para ignorantes na matéria como eu, é uma pífia peça de publicidade para tolinhos ou distraídos, capaz apenas de convencer os directamente interessados no negócio. É lastimável que se queira comprometer mais de 3000 milhões de euros de dinheiros públicos, que se planeie retirar a Lisboa um instrumento económico tão importante quanto o é o Aeroporto da Portela e tornar pior a vida de milhões de pessoas que o utilizam, com os argumentos constantes de um folheto que mais parece destinado a vender time-sharing no Algarve."
..."Por isso é que toda esta questão da Ota cheira mal à distância: cheira a voluntarismo político ao "estilo João Cravinho", que tanto dinheiro custou e continua a custar ao país, e a troca de favores com a clientela empresarial partidária, a que costumam chamar "iniciativa privada".
Para esse peditório já demos. Já demos demais, já demos tudo o que tínhamos para dar. O país está cheio de fortunas acumuladas com negócios feitos com o Estado e pagos com o dinheiro dos impostos de quem trabalha, em investimentos cuja utilidade pública foi nula ou pior ainda-desde os estádios do Euro até aos hospitais de exploração privada. Seria bom que quem manda compreendesse que já basta".
excerto - in "Público", 25 Novembro 2005
Miguel Sousa Tavares
Aconselho a quem puder ler o texto completo. Vale a pena perceber mais alguns dos pontos explicados por MST sobre a construção da Ota. Já o disse várias vezes, este país caminha para a cauda da Europa, só que agora dos 25, não dos 15 de há ano e meio atrás...

Thursday, November 24, 2005

Breves


Mais datas/concertos confirmados (2006) para Portugal:

Edguy 10 Fevereiro
Hard Club, Gaia
Him 2 Março
Coliseu dos Recreios, Lisboa
Soulfly 25 Março
Paradise Garage, Lisboa
26 Março
Hard Club, Gaia

Wednesday, November 23, 2005

Natureza em Desequilíbrio



Ultimamente o cinema tem andado arredado deste blog. Pois hoje venho sugerir uma obra cinematográfica de 1983, pouco conhecida mas de uma qualidade impressionante. Koyaanisqatsi – Life Out Of Balance é o título do filme, primeira obra de Godfrey Reggio como realizador e produtor. Mas este não é um filme convencional. Koyaanisqatsi é uma espécie de documentário sobre a natureza e a espécie humana, e aquilo que o Homem tem feito para alterar as condições naturais do planeta. O contraste entre o mundo natural e a sociedade urbana e tecnológica. Filmado entre 1975 e 1982, o filme utiliza fotografia de longa exposição, slow motions e fast motions, para criar uma visão extraordinária do nosso planeta. Depois de se ver Koyaanisqatsi a nossa percepção muda. Para quem gosta de “cinema da pipoca” não recomendo ver este filme. São 87 minutos de boa fotografia, sem diálogos, sem actores, apenas o mundo que nos rodeia, montado numa sequência muito bem estruturada e esclarecedora. Tudo isto acompanhado pela música brilhante e arrasadora de Phillip Glass. Tal como na música instrumental, às vezes conseguimos passar melhor uma mensagem sem utilizarmos palavras do que com o uso delas. Para mim este é um destes casos. Aqui a célebre expressão “uma imagem vale mais que mil palavras” aplica-se e é válida a cada momento deste filme. Arte na sua forma mais pura e livre...

Monday, November 21, 2005

O Mar...

(Post com som, toca a ligar as colunas)
Madredeus – O Mar

Não é nenhum poema o que vos vou dizer
Nem sei se vale a pena tentar-vos descrever

O Mar
O Mar

E eu aqui fui ficando
só para O poder ver
E fui envelhecendo sem nunca O perceber

O Mar
O Mar


Antes de dizer algo, espero que ouçam a música e tentem perceber os sentimentos que ela vos desperta. A voz de Teresa Salgueiro é indescritível e parece "chorar" em conjunto com os instrumentos. Simplesmente magnífica!
Para quem, como eu, gosta tanto do mar e não consegue viver longe dele, ouvir esta bela canção de Madredeus desperta-nos sonhos, alegrias, tristezas, esperança... talvez nostalgia do passado, em que abrimos portas a outros mundos através dos oceanos. Memórias de um Portugal que já foi grande, um país de “loucos” que atravessaram os oceanos e chegaram aos quatro cantos do mundo. Hoje pouco nos resta desse passado, as ambições tornaram-se pequenas e as pessoas mesquinhas. Hoje somos apenas mais um pequeno país que luta para se manter à tona de água numa Europa em “reconstrução”. Hoje não precisávamos de ser grandes, apenas precisávamos de continuar a ter esse espírito empreendedor que nos levou longe. Hoje não precisávamos de ter o controlo do mundo (até porque todos têm direito a ser livres), mas apenas o respeito e o reconhecimento de sermos um povo corajoso e inovador. Mas infelizmente quando viajamos para outros países, actualmente, a imagem que têm do povo português é outra... bem menos positiva. É óbvio que há excepções à regra, e muitos portugueses ainda lutam para serem melhores e sonham, como os nossos antepassados, com grandes feitos. Não sou, por hábito, pessimista... mas se continuarmos assim o único sítio para onde caminhamos é o abismo. Os Madredeus transportam consigo a nossa língua e cultura para todo o mundo, e são uma das grandes “bandeiras” deste país. Que nos ajudem a manter acesa a chama da esperança num país melhor, e a não perder as forças para lutar no dia-a-dia contra todas as injustiças que presenciamos...

Thursday, November 17, 2005

Loud & Heavy

Isto tem andado muito calmo por aqui, por isso aqui vai uma lista de novos lançamentos para todos os metaleiros e afins:



In Flames: Used & Abused – In Live We Trust
Edição inclui duplo DVD e duplo CD

Uma das melhores bandas de metal da actualidade. Excertos de várias actuações dos In Flames, com os maiores êxitos da banda sueca.




G3- Live In Tokyo
Edição CD e Edição DVD

Mais um lançamento (terceiro) da tournée dos mestres da guitarra Joe Satriani e Steve Vai, desta vez acompanhados por John Petrucci. Must Have!




Annihilator- Schizo Deluxe
Edição CD

Novo álbum dos Annihilator e o regresso do “master” dos riffs, Jeff Waters.



Sepultura- Live In São Paulo
Edição duplo CD e Edição duplo DVD

Actuação dos Sepultura no seu país natal, gravado em 3 de Abril de 2005. O DVD conta também com um making of, alguns videoclips e temas extra ao vivo.





Machine Head- Elegies
Edição DVD

Os Machine Head voltaram aos bons velhos tempos no último álbum, “Through The Ashes Of Empires”, e regressam agora com um álbum ao vivo que contém os maiores clássicos da banda desde o álbum de estreia, “Burn My Eyes”.



Spock’s Beard- Gluttons For Punishment
Edição 2 CD’s

Mais um duplo álbum ao vivo, desta vez duma das maiores bandas de rock progressivo. Muitos pensaram que os Spock’s Beard iríam terminar quando Neal Morse (principal compositor e vocalista) abandonou a banda, mas desde então os americanos já lançaram 3 álbuns de estúdio e regressam agora com um duplo álbum ao vivo, gravado durante a tournée europeia deste ano.




Como é habitual, com o aproximar da época natalícia, começam também a "chover" lançamentos discográficos. A única desvantagem é mesmo o rombo na "conta bancária" que isso pode provocar. Boa sorte e boas compras!!

P.S. O blog conta agora com um guestbook (link do lado direito a seguir aos arquivos). Passem por lá e deixem os vossos comentários/sugestões sobre o blog. Se for para comentar um post específico, agradeço que continuem a fazê-lo no espaço destinado a esse efeito. Gracias!

Wednesday, November 16, 2005

The Spirit & The Sound




Há alguns meses atrás um amigo resolveu entregar-me um cd e disse-me para ouvi-lo. Não sabia que tipo de música era nem de quando era o álbum. A única coisa que ele me disse foi: “It’s a woman with a wonderful voice”. Curioso, lá peguei no disco e fui ouvir. Era um álbum ao vivo, e de facto a cantora parecia ter uma voz fantástica, até algo sobrenatural. Ouvi o álbum várias vezes e nem queria acreditar como esta voz me tinha passado ao lado durante tantos anos. A artista em causa chama-se Erykah Badu e o álbum intitula-se Live, de 1997. “Next Lifetime”, um dos temas do álbum, é simplesmente indescritível. Algumas letras, conjugadas com a voz de Badu, podem provocar danos emocionais irreparáveis...

A música pode-se enquadrar no soul ou R&B, e eu que nunca gostei muito do género, depressa fiquei fascinado. Continuo sem gostar muito de música soul, mas Erykah Badu é uma excepção. A sua voz divinal, um som melódico e ritmado, com alguns "salpicos" de jazz, transportam-nos para outras dimensões.
Quem vê a MTV e ouve rádio provavelmente só ouve falar de Alycia Keys ou R. Kelly (só para dar alguns exemplos), pelo menos neste género de música. Pois ouçam Erykah Badu e comparem vocês mesmos. Já se sabe que o talento de um músico não se mede pelo número de discos vendidos, embora Erykah tenha já alcançado bastante sucesso nos E.U.A. É um risco para qualquer artista lançar um álbum ao vivo quando apenas conta com um álbum de estúdio. Mas para quem tem tanto talento, obviamente que as coisas só podíam correr bem. O álbum "Live", lançado após "Baduizm" (o seu álbum de estreia) revela uma artista confiante no palco, na interpretação das músicas e na comunicação com o público. Um tema novo, "Tyrone", incluído neste álbum, acabou mesmo por valer uma nomeação para os Grammys (em 1998) na categoria de melhor cantora de R&B. Ainda não tive oportunidade de ouvir todos os álbuns de Badu, mas de facto ela tem “qualquer coisa”, não é fácil de explicar, só mesmo ouvindo e sentindo a sua música.

Erica Abi Wright é afro-americana e nasceu no Texas em 1971. Decidiu mudar o seu nome para Erykah pois acreditava que Erica era o seu nome de escrava - “Kah” significa “innerself” e Badu em árabe significa “algo que transmite luz e verdade”. Independentemente do nome, Erykah possui um enorme talento para a música. Neste momento conta já 5 álbuns, desde a estreia em 1997 com “Baduizm”, até “Worldwide Underground” em 2003. E mais não digo. Quem tiver curiosidade procure e ouça por si próprio. Pode ser que não se arrependa do tempo "perdido"!

Friday, November 11, 2005

Papéis Brancos...



Para quem gosta de guardar religiosamente os bilhetes dos concertos e dos espectáculos a que assiste (seja ou não coleccionador) aquilo que se tem vindo a passar nos últimos anos, no mínimo, incomoda. E o que é que eu quero dizer com isto? Pois bem, se bem repararam, e salvo honrosas excepções, quando adquirimos um bilhete para determinado concerto, seja ele onde for, seja ele de que tipo de música for, deparamo-nos com um pedaço de papel maioritariamente branco, em que a data o nome do espectáculo são imprimidos na altura da compra. Quando olho para os bilhetes de concertos a que assisti há alguns anos, a panóplia de cores, estilos e tamanhos é enorme (foto de cima)! Quando olho para os bilhetes dos últimos 2 ou 3 anos, nem sei descrever aquilo que sinto. Ora não é que são todos iguais (foto de baixo)??? Excepto a data e o nome do artista/banda... ah, e o preço! Sei que não sou o único a ficar irritado com esta situação. Ainda por cima numa altura em que os preços dos concertos dispararam, porque é que havemos de levar com um rectângulo de papel que qualquer um podia imprimir em casa com uma impressora dos anos 80??? Será que o preço dos bilhetes não é suficiente para fazerem bilhetes em condições? Não sei se a culpa é das promotoras ou da chegada das FNAC e demais agências de bilhetes, mas penso que já é demais. Sei que vivemos num mundo cada vez mais globalizado e onde a massificação da cultura é cada vez maior, mas pelo menos podíamos ter em conta certos pormenores que fazem a diferença. E este é um deles. Nem quero pensar daqui por 10 anos estar a olhar para a minha colecção e ver um monte de papéis brancos semelhantes. Quando no meio de tudo isto os artistas lutam para serem cada vez mais diferentes e terem uma identidade própria, seja pela imagem, pelas capas dos cd’s, pelas inovações no estilo e estética musicais, porque é que nos bilhetes estamos a andar em sentido contrário?

Wednesday, November 09, 2005

Música para a História


No passado dia 6 de Maio fez-se história. Pela primeira vez desde o embargo americano a Cuba, uma banda de rock norte-americana tocou em solo cubano. Mais de 60 mil pessoas vibraram e cantaram com a música dos Audioslave. Irónicamente o concerto realizou-se na Praça Anti-Imperialista de Havana, que foi construída há 5 anos, e é usada como lugar de protesto contra os E.U.A. Razões mais do que suficientes para considerar este evento histórico e pioneiro, e mais um motivo que nos faz perceber o quanto a música pode ajudar a aproximar culturas e ideais diferentes. Quando assim é, todos saem a ganhar. Ganharam os cubanos, que puderam finalmente apreciar ao vivo uma das maiores bandas de rock da actualidade, ganharam os Audioslave, que se mostraram bastante satisfeitos com a experiência e ganharam os americanos, no sentido de que se aproximaram um pouco mais do povo cubano (mesmo que tenha sido só por uma noite, há momentos e gestos que ficam para sempre).
Este concerto foi agora lançado em DVD, com o título Audioslave Live in Cuba, e está agora disponível para todos os fãs da banda e para os que apreciam de alguma forma este estilo de música e queiram guardar para sempre um concerto que vai ficar na história da música por inúmeras razões. O DVD contém os maiores êxitos dos Audioslave e também algumas surpresas. Em suma: obrigatório!

Tuesday, November 08, 2005

Top Down


Desta vez com algum atraso, aqui está o top dos discos mais vendidos em Portugal - Semana 44:

David Fonseca - Our Hearts Will Beat As One
Robbie Williams - Intensive Care
DZR'T - DZR'T
Rita Lee - O Melhor de Rita Lee
Depeche Mode - Playing The Angel

David Fonseca e Robbie Williams entraram directamente para os dois primeiros lugares. Os D'ZRT desceram para 3º lugar mas continuam no top pela 25ª semana consecutiva. E aqueles senhores, que dão pelo nome de Depeche Mode, estão agora no 5º lugar. Gostava de perceber os critérios do português comum quando vai comprar um CD. Mas acho que isso está para além da minha compreensão, e se calhar até é bom.
Se há uns tempos fiquei chocado desta "banda" de adolescentes ter esgotado os Coliseus de Lisboa e Porto, agora fiquei surpreendido quando descobri que um dos próximos concertos dos D'ZRT é, imagine-se, no Pavilhão Atlântico. E não tenho dúvidas que vai encher. Como já tinha falado anteriormente sobre a MTV, volto a repetir a mesma ideia: música é coisa que se ouve e vende cada vez menos hoje em dia. Quando digo música, falo obviamente num padrão de qualidade aceitável, independentemente dos géneros musicais. Há muita coisa que não consigo ouvir mas reconheço qualidade. Outras coisas que vão aparecendo, porém, não consigo gostar, e mesmo com esforço não consigo reconhecer qualidade musical ou outros atributos que sejam para que consigam vender tantos discos. Sei, isso sim, que as editoras e promotoras cada vez mais manipulam o mercado e influenciam muitas pessoas que, ao não saberem aquilo que querem, compram aquilo que lhes é "oferecido" diariamente nas rádios e canais musicais de TV.

Saturday, November 05, 2005

Cinco Sentidos


Cheguei do concerto do Steve Vai. Não tenho nada a dizer, só quem lá esteve pôde apreciar... e não há palavras para descrever aquilo que vi e ouvi.
Por isso, e pela primeira vez neste blog, aqui fica um post em formato musical (obrigado pela dica, Filipe). Toca a aumentar o volume das colunas ou a pegar nos headphones! Apreciem a música e dêem uma vista de olhos na letra. Já pensaram nos sentimentos e emoções que podem ser transmitidos em cinco minutos de música?

I'll Be Around
Lyrics by Steve Vai

Words fall silent when no one will hear
Emotions are deadly when there's too much to fear
Touch a feeling and we feel again
To know the pleasure, we must know the pain

I'm going down for the last time
Open your eyes

Who's gonna hear you when you're callin'
And who's gonna catch you when you're fallin'
Who's gonna trust you
Well I'll be around for a while

And who's gonna heal you when you're bleeding
And who's gonna give to you when you're needing
And who's gonna love you
Well I'll be around for a while

When love lies bleeding only fools are bold
They search for pennies in a pot of gold
Faith is dying when no one's to trust
But your soul is crying
And it's glorious

It's coming down to the last time
Open your heart

Who's gonna hear you when you're callin'
And who's gonna catch you when you're fallin'
And who's gonna laugh with you
Well I'll be around for a while

And who's gonna warm you when you're freezing
And who's gonna hold you when you're screaming
And who's gonna promise you
to be around for a while

There you stand, drowning in the rain
Kidding yourself the wind don't sting
And all this time the thing you want is calling to you

I dig the way you take that storm
While spitting in the face of right and wrong
Well you could let down your defenses
When you're in my arms

You could touch my face
in my arms
You could dream on and on
in my arms
You would never be alone
in my arms
You could cry like a child
in my arms

Who's gonna hear you when you're callin'
And who's gonna catch you when you're fallin'
And who's gonna trust you
Well I'll be around for a while

And who's gonna mend you when you're broken
And who's gonna find you when you're stolen
And who will always love you
I'll be around for a while

And who's gonna shield you when it's rainin'
And who's gonna kneel with you when you're prayin'
Who's gonna feel for you
Well I will, I'll be around for a while

Who's gonna help you when you're tryin'
And who's gonna hold you when you're dyin'
Who's gonna beg you
To be around for a while


Dedicado aos meus amigos(as). You know who you are...


Thursday, November 03, 2005

MTV EMA 2005


Anda tudo louco com a cerimónia de entrega dos European Music Awards, e eu ainda não percebi bem porquê. Reconheço o canal americano como pioneiro, como uma empresa que mudou o próprio mercado discográfico e audiovisual e que ajudou a difundir a música pelos quatro cantos do mundo. Os célebres MTV Unplugged, com algumas das maiores estrelas internacionais, são disso um exemplo. Mas olhando para a MTV dos últimos anos, a análise muda totalmente. Expandiu-se, criou delegações em vários países, mas a qualidade da sua programação e da música que transmite no pequeno ecrã desceu vertiginosamente. Para mim um canal musical devia ter uma componente cultural, tentar “educar” e cativar os diferentes públicos para a audição de música e não limitar-se a ser um negócio. Ora foi exactamente nisto que a MTV se tornou. Um fenómeno de massas, que praticamente só passa música denominada “comercial” ou mainstream, com uma pobreza de programação impressionante. Será que para ganhar audiência temos que nivelar as coisas sempre por baixo, como acontece com as televisões generalistas em Portugal? A MTV foi um fenómeno de popularidade nos anos 80 e para isso não precisava de brindar a sua audiência com o género de coisas que nos dá hoje em dia.
É triste que o maior canal mundial de música tenha chegado a isto. Mas ainda é mais triste que continuem a definir tendências e vendas a nível mundial o tipo de música (será que devo chamar música???) que passa insistentemente. Aliás, para mim está provado que tudo o que for difundido e promovido insistentemente nas rádios e canais de música, as pessoas compram. Seja lá o que for, tenha a qualidade que tiver... se se perguntarem como é que algumas bandas chegaram ao topo e reflectirem um pouco sobre a forma como a indústria discográfica actua vão chegar a conclusões semelhantes.
Voltando ao assunto inicial, antes que me perca em devaneios, sei que vão estar em Lisboa algumas das maiores estrelas da música a nível mundial. Ironia ou não, algumas só são estrelas por causa de canais como a MTV. Outras são-o por direito e mérito próprio. A verdade é que nem sequer temos direito a que uma banda ou artista português actue no palco do Atlântico. Aliás, deve ser inédito em cerimónias deste género que o país anfitrião não tenha nenhum artista a actuar. Na conferência de imprensa com Ali G (o comediante agora transformado na personagem Borat Sajediek), o apresentador do espectáculo de hoje, os jornalistas eram apenas marionetas, pois as perguntas apenas podíam ser feitas por um representante da MTV. Na visita que os jornalistas fizeram aos bastidores do espectáculo, com tudo cronometrado e controlado pelo canal norte-americano, quase foram corridos a pontapé pois o tempo da visita estava a terminar. Enfim, eles tudo controlam e tudo querem controlar. Mas o rebanho vai atrás, vê a MTV e compra aquilo que passar. Isso é que é preciso...
Enfim, valeu-nos a simpatia de alguns artistas que não têm regras impostas pela MTV e que falaram abertamente e sem problemas para a comunicação social portuguesa.
O Pavilhão Atlântico vai estar cheio e os milhares de figurantes espalhados pelo recinto e contratados pela MTV vão animar o público presente (será que estão com medo que os artistas não consigam isso com as suas actuações?). Ou têm que ter uma quota de pessoas bonitas na audiência para não parecer mal na televisão? Para quem gosta de música e gostava da MTV é pena que os tempos tenham mudado assim tanto. Mas o povo gosta e fica feliz. Long live the MTV! Or Not!!!

Wednesday, November 02, 2005

Sugestões: Live in November


STEVE VAI [USA] + ERIC SARDINAS [USA]:
3 Novembro – Casa da Música, Porto
4 Novembro – Aula Magna, Lisboa


MARIA JOÃO, MÁRIO LAGINHA E BANDA SINFÓNICA DA PSP:

4 Novembro – Centro Cultural Olga Cadaval, Sintra


EMIR KUSTURICA & THE NO SMOKING ORCHESTRA [BOS]:

21 Novembro – Coliseu dos Recreios, Lisboa


3 PIANOS – BERNARDO SASSETTI. MÁRIO LAGINHA. PEDRO BURMESTER:

25 Novembro – C.C. Belém, Lisboa


XUTOS & PONTAPÉS – 3 DESEJOS:

24, 25 e 26 Novembro – Coliseu dos Recreios, Lisboa






Já que até final do ano as coisas estão muito paradas no que respeita a concertos de metal, aqui fica a notícia de que os Children of Bodom [FIN] e os Edguy [ALE] actuarão em Portugal no início do próximo ano, ambos no Hard Club (Gaia), respectivamente a 19 de Janeiro e a 10 de Fevereiro.