Sunday, October 23, 2005

Virtuosismo(s)...



Faltam pouco mais de duas semanas para o público português ter o prazer de poder assistir a dois concertos de Steve Vai. Primeiro na Casa da Música, dia 3 de Novembro, e depois na Aula Magna no dia seguinte. Para quem nunca ouviu falar, Steve Vai é “apenas” um dos maiores compositores e originais guitarristas de sempre. Cedo começou a dar nas vistas, tendo sido aluno do também virtuoso Joe Satriani, e tocou em bandas como Alcatrazz, Van Halen ou Whitesnake. Mas foi a solo que Vai revolucionou o mundo da guitarra, lançando álbuns que inspiraram guitarristas um pouco por todo o mundoe ajudando a Ibanez a criar um novo modelo de guitarra eléctrica com 7 cordas (com uma corda mais grave, que muitos guitarristas reclamavam, para expandir a sua sonoridade). Steve começou a tocar com o mítico Frank Zappa no início dos anos 80 e lançou o seu primeiro álbum a solo, Flex-Able em 1984. Passion & Warfare, o seu maior êxito de vendas, é lançado em 1990 e é um álbum indispensável a qualquer pessoa que goste de música instrumental e de guitarra eléctrica em particular. Aconselho vivamente a ouvirem este álbum, uma obra-prima com músicas rock, baladas e algum experimentalismo à mistura, mas com uma qualidade impressionante. Grandes temas como “For The Love Of God”, “Erotic Nightmares” e “The Audience Is Listening” ficam para sempre na história da música.
Em Março de 2000, aquando da sua única passagem por território português, fui um dos privilegiados que teve oportunidade de assistir ao concerto deste músico americano. Vai ficar para sempre na minha memória como um dos melhores concertos que vi, e já foram algumas centenas. Steve Vai volta a acompanhar-se de virtuosos como Mike Mangini, Tony MacAlpine ou Billy Sheehan para certamente oferecer um espectáculo único ao público português. Quem ainda não conhece estes músicos, basta assistir ao DVD “Steve Vai - Live At The Astoria London” para ter um cheirinho daquilo que vai acontecer em solo nacional em Novembro, com algumas diferenças. Ah, e atenção ao bluesman que está encarregue da primeira parte do show: Eric Sardinas. Da última vez ninguém o conhecia e pôs toda a Aula Magna de pé a gritar o seu nome. Aguardemos ansiosamente pelo início do próximo mês...

2 comments:

SGTZ said...

Pois é amigo, aqui é que nós discordamos profundamente. Para mim um virtuoso tem de inovar e não lhe basta fazer 3583 notas em 3,50 minutos, com 398 posições de dedos fodidas na guitarra. Há alguns dos teus guitarristas que "sim senhor", este é um deles, mas outros não resistem aos ritmos rockeiros e tornam-se repetivos.

kyo said...

Pois, se reparares bem não estás a discordar comigo em nada, porque o texto não fala sequer da técnica nem da velocidade do Steve Vai. É sem dúvida um dos guitarristas que mais inovou nas duas últimas décadas e a prova disso é quando as pessoas que não o conhecem me perguntam que estilo de música é, ou com quem é parecido, a única resposta que eu lhes consigo dar é: "Ouve e depois logo vês".