Tuesday, December 13, 2005

Balanço 2005


Sei que é cliché, no último mês do ano, escolher os melhores artistas/obras dentro das mais diversas áreas. Mas não resisti a fazê-lo. Aqui vão algumas das minhas escolhas/sugestões cinematográficas do ano. Para mim estes filmes foram o melhor que se fez durante 2005, obviamente de entre aqueles que tive oportunidade de ver. Certamente muita coisa ficou por ver e criticar, mas é apenas uma escolha muito subjectiva... espero que vos aguce a curiosidade, se é que ainda não tiveram oportunidade de ver estes filmes.

(Ordem aleatória)

Crash (Colisão): uma soberba estreia de Paul Haggis na realização. Além disso o canadiano escreveu também o argumento daquele que foi um dos melhores filmes do ano. Um pouco ao jeito de "Magnólia", várias personagens e destinos acabam por se cruzar e interligar na mesma estória, numa trama complicada mas extremamente bem desenvolvida por um argumento maduro e organizado. Haggis explora as tensões raciais na cidade de Los Angeles, mas de uma forma inteligente e dinâmica que nos deixa “presos” ao ecrã durante duas horas. Paul Haggis era já um argumentista de créditos firmados, nomeado para o Óscar com “Million Dollar Baby” e autor de inúmeras séries de sucesso na TV, agora é também uma promessa (ou certeza?) na realização.


Sin City (A Cidade do Pecado): Frank Miller (autor da banda desenhada) e Robert Rodriguez juntaram-se num projecto aliciante, adaptar a “escura” e violenta Sin City para o grande ecrã. Um filme fantástico (não aconselhado a pessoas mais sensíveis ou impressionáveis) e uma fiel adaptação dos comics de Frank Miller, que junta violência, sexo, corrupção e humor negro. A parte visual é arrebatadora: a mistura de preto e branco com alguns laivos de cor, um look de film noir e a gravação totalmente em formato digital compõem uma cinematografia nunca antes vista. Para ajudar à festa temos ainda Quentin Tarantino como realizador convidado (realiza uma das cenas do filme) e um elenco fenomenal.


Les Poupées Russes (As Bonecas Russas): Já aqui falei anteriormente sobre este filme realizado por Cédric Klapisch, na sequência de “A Residência Espanhola”. Um grande argumento (Cédric Klapisch escreveu uma “estória” quase sem momentos fracos), Romain Duris (Xavier, a personagem principal) com um desempenho fantástico e uma realização extremamente competente fazem deste filme uma das surpresas do ano. Em suma, cinema europeu ao melhor nível.


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