Friday, November 11, 2005

Papéis Brancos...



Para quem gosta de guardar religiosamente os bilhetes dos concertos e dos espectáculos a que assiste (seja ou não coleccionador) aquilo que se tem vindo a passar nos últimos anos, no mínimo, incomoda. E o que é que eu quero dizer com isto? Pois bem, se bem repararam, e salvo honrosas excepções, quando adquirimos um bilhete para determinado concerto, seja ele onde for, seja ele de que tipo de música for, deparamo-nos com um pedaço de papel maioritariamente branco, em que a data o nome do espectáculo são imprimidos na altura da compra. Quando olho para os bilhetes de concertos a que assisti há alguns anos, a panóplia de cores, estilos e tamanhos é enorme (foto de cima)! Quando olho para os bilhetes dos últimos 2 ou 3 anos, nem sei descrever aquilo que sinto. Ora não é que são todos iguais (foto de baixo)??? Excepto a data e o nome do artista/banda... ah, e o preço! Sei que não sou o único a ficar irritado com esta situação. Ainda por cima numa altura em que os preços dos concertos dispararam, porque é que havemos de levar com um rectângulo de papel que qualquer um podia imprimir em casa com uma impressora dos anos 80??? Será que o preço dos bilhetes não é suficiente para fazerem bilhetes em condições? Não sei se a culpa é das promotoras ou da chegada das FNAC e demais agências de bilhetes, mas penso que já é demais. Sei que vivemos num mundo cada vez mais globalizado e onde a massificação da cultura é cada vez maior, mas pelo menos podíamos ter em conta certos pormenores que fazem a diferença. E este é um deles. Nem quero pensar daqui por 10 anos estar a olhar para a minha colecção e ver um monte de papéis brancos semelhantes. Quando no meio de tudo isto os artistas lutam para serem cada vez mais diferentes e terem uma identidade própria, seja pela imagem, pelas capas dos cd’s, pelas inovações no estilo e estética musicais, porque é que nos bilhetes estamos a andar em sentido contrário?

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