Thursday, January 12, 2006

Rock Encyclopedia Chapter 2

Clássicos do Rock - de 1980 a 2000
Capítulo 2: 1981


“Ladies And Gentlemen, Rock N’ Roll!” – iniciava-se assim, em 1981, a primeira emissão da MTV, primeiro canal dedicado à música. O canal norte-americano emitia 24 horas por dia e mais tarde vai ganhar muita influência e alterar a indústria musical.

Devido à sua morte no ano anterior, “Imagine”, de John Lennon, alcança o nº1 do top singles em muitos países e fica para sempre no imaginário de milhões de pessoas, transformando-se numa das canções mais populares de sempre.
Em Maio mo
rre outra lenda, e embora não do rock, penso que merece ser mencionado: Bob Marley. Nem é preciso dizer que o seu contributo para a música foi imenso.

Este é o ano de estreia de Phil Collins a solo, com o álbum “Face Value”. O virtuoso músico começa a ser conhecido nos Genesis, principalmente a partir da saída de Peter Gabriel, pois deixa a bateria e assume o papel de vocalista. A partir deste momento Phil Collins revela-se ao mundo como um grande músico e compositor, além de exímio baterista. Dois temas do seu álbum a solo atingem os tops, “In The Air Tonight” e “I Missed Again”. “Face Value” entra directamente para o 1º lugar do top no Reino Unido e mantém-se na tabela dos mais vendidos durante 274 semanas.

Quanto a álbuns, a escolha não foi fácil. Este foi um ano marcadamente de singles importantes, e foi por isso muito difícil de escolher álbuns que marcaram definitivamente o rumo do rock (num sentido abrangente). “Start Me Up” (Rolling Stones), “Under Pressure” (Queen e David Bowie) ou “Every little Thing She Does Is Magic” (The Police) foram músicas que perduraram, mas sem que os seus álbuns tenham sido extremamente decisivos no desenvolvimento do rock. Quanto a álbuns, a escolha não foi pacífica, mas lá me decidi por “Fair Warning” dos Van Halen e “No Sleep ‘Til Hammersmith” dos Motörhead.


A banda norte americana liderada pelo talentoso guitarrista Eddie Van Halen tinha-se formado em 1978 e contava já com três álbuns. O primeiro, de 1978, intitulado “Van Halen” tinha mostrado ao mundo um novo tipo de hard rock. A soberba técnica de Eddie Van Halen aliada à voz de David Lee Roth iría redefinir o standard do género nas décadas de 80 e 90.
Mas nem tudo estava bem no seio da banda à partida para as gravações de “Fair Warning”. Eddie queria expandir a musicalidade dos Van Halen noutras direcções, e isso repercutiu-se na sonoridade do novo álbum. Em vez de hits rock, este é um álbum mais escuro, com um som mais intenso e "pesado". Uma grande introdução com “Mean Street”, no estilo inconfundível de Eddie e a sua técnica de tapping, puro hard rock, um dos temas mais rápidos do álbum. Mas "Fair Warning" é um álbum diverso, e temos “Push Comes To Shove”, um tema mais lento e com outro feeling ou "Sinner's Swing", rock n' roll com riffs bem groovy. Pena o álbum ser curto (não porque os grandes álbuns se meçam pelo número de minutos, mas porque apetece ouvir mais), mas Eddie V. H. e David Lee Roth estão a um nível bastante elevado.


Os Motörhead formaram-se em 1975, pela mão do seu carismático líder Lemmy. Metal, punk, rock, um pouco de cada um destes estilos ajuda a caracterizar o som dos Motörhead, além obviamente da inimitável voz rouca e agressiva de Lemmy. Após 4 álbuns de originais, os Motörhead lançam o seu primeiro álbum ao vivo. E este “No Sleep ‘Til Hammersmith” foi uma aposta ganha. Toda a energia e agressividade da banda foi capturada neste concerto, com os grandes temas dos Motörhead até então. Os eternos clássicos “Ace Of Spades” e “Overkill”, em conjunto com outros êxitos da banda como “Bomber”, “(We Are) The Road Crew” e “Motörhead” fazem com que este álbum tenha sido, para alguns, um dos primeiros de trash metal. Os momentos capturados ao vivo durante esse ano um pouco por toda a Grã-Bretanha e imortalizados neste CD demonstram aquilo que era assistir a um concerto dos Motörhead na altura. Muito suor, muita energia e muito mosh, metal no seu formato mais cru e duro.


Até para a semana.
Bring The Noise!

1 comment:

SGTZ said...

Incluir os MotorHead na história do Rock devia ser crime