Descobri recentemente um disco doce, suave e belo. Ou, para ser mais preciso, foi ele que me encontrou e chegou até mim, entregue com um gesto especial. Olhei para a capa; conhecia os músicos mas não o álbum em causa, apesar de ter sido lançado pela Impulse! em 1962.
Peguei no vinil, coloquei-o no prato, e assim que a agulha tocou na superfície do disco, o meu quarto foi invadido por uma melodia inebriante vinda do saxofone. Não foi de admirar, já que quem o estava a tocar era John Coltrane. Senti-me como a personagem principal do livro "Dança, Dança, Dança" de Haruki Murakami, que a meio de uma viagem decide ouvir "Ballads" numa cassette (a história passa-se no final dos anos 80) e cantarolar os solos de Coltrane enquanto guia o seu Subaru.
Para mim, 20 anos mais tarde, ouvir o LP do quarteto de John Coltrane tornou-se também uma experiência relaxante e enriquecedora musicalmente. A acompanhar Coltrane, um trio de luxo: McCoy Tyner no piano, Elvin Jones na bateria e Jimmy Garrison no baixo. A simplicidade que Coltrane imprime em "Ballads" contrasta com grande parte da sua discografia, levando alguns críticos a afirmar que o saxofonista fez este álbum devido a pressões por parte da Impulse!, com quem tinha acabado de assinar um contrato de representação.
Não sei se foi isso que aconteceu, nem sequer me preocupa; certo é que estas baladas têm algo de diferente. O toque de Coltrane faz com que não sejam mais umas no grande - e prolífico em lançamentos - mundo do jazz. Em "Ballads", o saxofone de Coltrane 'canta' linda melodias que nos fazem viajar para outros tempos e outras realidades. O piano de McCoy Tyner é omnipresente e à altura do mestre do sax tenor.
Quando se ouve "Ballads" de uma ponta à outra, o tempo parece não passar. É essa uma das grandes magias da (boa) música...
Infelizmente não encontrei vídeos de nenhuma das músicas que fazem parte do alinhamento de "Ballads". Fica aqui uma gravação de Coltrane com o mesmo trio que gravou esse disco:
Queria ainda aproveitar para felicitar Francisco Amaral e o seu "Íntima Fracção" (que desde Abril de 2008 se pode ouvir em exclusivo no Expresso), que ontem completou 25 anos. Um quarto de século a dar a conhecer boa música a quem gosta de ouvir e sonhar. Parabéns!
Thursday, April 09, 2009
Monday, March 09, 2009
Blog de música no Expresso
Por falta de tempo não tenho alimentado o blog. Mas agora mudei-me para aqui:
http://clix.expresso.pt/do_vinil_ao_digital=s25081 - blog de música no Expresso.
Apareçam!
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Friday, December 05, 2008
Medíocres? Não...
Os Coldplay foram processados por Joe Satriani, acusados de plágio; segundo Satriani, a música 'Viva la Vida', do último álbum dos Coldplay, incorpora "substanciais partes do original", o seu instrumental de 2004 intitulado 'If I Could Fly'.
O guitarrista entregou ontem a queixa no tribunal federal de Los Angeles e espera "todo e qualquer benefício" que possa ser atribuído à alegada infracção aos direitos de autor.
Os Coldplay foram esta semana nomeados para sete Grammy e 'Viva la Vida' está entre as nomeações a música do ano. Os créditos da música em causa incluem os quatro elementos dos Coldplay. O tema foi inspirado numa pintura da artista mexicana Frida Kahlo.
'Viva la Vida or Death And All His Friends' mantém-se no top nacional há 24 semanas consecutivas.
Por seu lado, 'If I Could Fly' faz parte do 10.º álbum de estúdio do famoso guitarrista, com o título 'Is There Love in Space?'.
Este não deixa de ser um episódio curioso entre dois 'pesos pesados' da música da actualidade. É que Joe Satriani é considerado unanimemente um dos melhores guitarristas da actualidade, com um total de 14 nomeações para os Grammy. Foi ainda professor de Kirk Hammett, guitarrista dos Metallica, a mais famosa banda de 'heavy metal' do mundo.
Apesar dos arranjos diferentes, as semelhanças melódicas entre as duas músicas são muitas. Nunca gostei dos Coldplay... este episódio confirmou a minha opinião sobre eles: uma banda mediana.
O guitarrista entregou ontem a queixa no tribunal federal de Los Angeles e espera "todo e qualquer benefício" que possa ser atribuído à alegada infracção aos direitos de autor.
Os Coldplay foram esta semana nomeados para sete Grammy e 'Viva la Vida' está entre as nomeações a música do ano. Os créditos da música em causa incluem os quatro elementos dos Coldplay. O tema foi inspirado numa pintura da artista mexicana Frida Kahlo.
'Viva la Vida or Death And All His Friends' mantém-se no top nacional há 24 semanas consecutivas.
Por seu lado, 'If I Could Fly' faz parte do 10.º álbum de estúdio do famoso guitarrista, com o título 'Is There Love in Space?'.
Este não deixa de ser um episódio curioso entre dois 'pesos pesados' da música da actualidade. É que Joe Satriani é considerado unanimemente um dos melhores guitarristas da actualidade, com um total de 14 nomeações para os Grammy. Foi ainda professor de Kirk Hammett, guitarrista dos Metallica, a mais famosa banda de 'heavy metal' do mundo.
Apesar dos arranjos diferentes, as semelhanças melódicas entre as duas músicas são muitas. Nunca gostei dos Coldplay... este episódio confirmou a minha opinião sobre eles: uma banda mediana.
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Thursday, November 20, 2008
Ainda alguém acreditava?
"Chinese Democracy" chegou... 15 anos depois! Os Guns N'Roses colocaram hoje no MySpace o novo álbum para audição em streaming. 10 milhões de euros depois, dezenas de músicos contratados e despedidos, cá está o tão aguardado disco. Afinal, ao contrário de algumas piadas a Axl Rose, o álbum ainda viu a luz do dia antes do regime democrático chegar à China.
Podem ouvir aqui: http://pt.myspace.com/gunsnroses
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Thursday, November 13, 2008
Mitch Mitchell
O único sobrevivente dos The Jimi Hendrix Experience morreu hoje, com 61 anos. Mitchell tocou ainda com nomes como Eric Clapton, John Lennon e Keith Richards.
Mitchell não se limitava a ser um 'sideman' de Hendrix. O baterista britânico, que gravou álbuns históricos com a banda The Jimi Hendrix Experience como 'Are You Experienced?', 'Axis: Bold As Love' ou 'Electric Ladyland', era um elemento indispensável. Mitch Mitchell misturava influências de jazz com um estilo enérgico e explosivo, como se pode ouvir em músicas como Fire ou no clássico Voodoo Chile.
Mitchell não se limitava a ser um 'sideman' de Hendrix. O baterista britânico, que gravou álbuns históricos com a banda The Jimi Hendrix Experience como 'Are You Experienced?', 'Axis: Bold As Love' ou 'Electric Ladyland', era um elemento indispensável. Mitch Mitchell misturava influências de jazz com um estilo enérgico e explosivo, como se pode ouvir em músicas como Fire ou no clássico Voodoo Chile.
Tuesday, November 11, 2008
Extreme de regresso
13 anos é tempo suficiente para se sentir "Saudades de rock"...
E agora a conversa, versão escrita, AQUI.
E agora a conversa, versão escrita, AQUI.
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Monday, March 31, 2008
A Sense of Purpose
As coisas estão definitivamente a mudar. Mais uma banda a disponibilizar na íntegra o álbum no MySpace, uma semana antes de ser lançado. Desta vez foram os In Flames, com "A Sense of Purpose", o sucessor de "Come Clarity". Estou a ouvi-lo enquanto escrevo, e às primeiras impressões parece-me que a energia da banda sueca se mantém intacta. Seguindo a linha de continuidade de "Come Clarity", os riffs pesados mas bem compostos, quase sempre com duas guitarras - o groove está todo lá - os suecos parecem ter ultrapassado de vez uma fase menos conseguida da carreira.
Head over to:
http://www.myspace.com/inflames
Vídeo: The Mirrors Truth
Continuamos à espera de um concerto em Portugal...
Tuesday, March 04, 2008
A Céu
Candidata ao Grammy em 2007, na categoria de World Music. O seu álbum de estreia, intitulado "Céu", alcançou o lugar 57 do TOP 200 Billboard, nos EUA. Foi a posição mais alta alcançada por um artista brasileiro nos EUA desde "Garota de Ipanema", em 1963.
Até Caetano Veloso disse: "Céu é o futuro da Música Popular Brasileira". Esta menina de voz doce e aveludada já conquistou o Brasil e agora ameaça arrebatar as audiências mundiais. Adorei "Lenda" e por isso vou partir à audição do disco, que ainda não conheço. Acredito que vá ser uma boa surpresa...
Até Caetano Veloso disse: "Céu é o futuro da Música Popular Brasileira". Esta menina de voz doce e aveludada já conquistou o Brasil e agora ameaça arrebatar as audiências mundiais. Adorei "Lenda" e por isso vou partir à audição do disco, que ainda não conheço. Acredito que vá ser uma boa surpresa...
Monday, February 11, 2008
Uma questão de ritmo
"Se um homem não segue o ritmo dos seus companheiros, talvez seja porque ouve um baterista diferente. Deixem-no caminhar na música que ouve, qualquer que seja o compasso ou a distância"
Henry David Thoreau
Li hoje esta frase e gostei. Muito.
Henry David Thoreau
Li hoje esta frase e gostei. Muito.
Wednesday, February 06, 2008
Yes, We Can
A dica veio daqui. Will.I.Am, dos Black Eyed Peas, decidiu pegar num discurso de Barack Obama e transformá-lo em música. Celebridades ligadas ao cinema e à música participaram no tema, que acaba por se tornar num excelente exercício de propaganda. E a música não é nada má...
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Monday, January 28, 2008
Over the Under
Este vai ser o ano dos grandes concertos. Ainda estamos em Janeiro e já estão agendadas datas em Lisboa para algumas das maiores/melhores bandas mundiais.
A nível de metal a oferta vai ser muita :) E se já não vai ser possível ver Pantera, pelo menos vamos ter a oportunidade de ver o mítico Phil Anselmo no Coliseu, com o projecto Down.
A nível de metal a oferta vai ser muita :) E se já não vai ser possível ver Pantera, pelo menos vamos ter a oportunidade de ver o mítico Phil Anselmo no Coliseu, com o projecto Down.
Tuesday, January 01, 2008
Tuesday, December 25, 2007
Meet X Tour
Um pequeno resumo vídeo editado por mim da Meet X Tour, da banda portuguesa de rock progressivo Forgotten Suns.
http://youtube.com/watch?v=0kzqB3GUSu8
http://youtube.com/watch?v=0kzqB3GUSu8
Monday, November 19, 2007
That's what metal is all about
Sunday, November 11, 2007
Thursday, October 18, 2007
No boundaries
Acabei de assistir a um dos melhores concertos do ano, ou talvez de toda a minha vida. Virgil Donati, Tony Macalpine e Billy Sheehan estiveram no Music Box. Os Devil's Slingshot, como se intitulam neste projecto de rock fusão, estiveram à altura do que se espera de músicos deste calibre. Sheehan é, para muitos e para mim também, o maior baixista de rock ainda vivo. O que é que ele faz aos dedos??? :) Macalpine é um guru da guitarra e, como se não bastasse, ainda toca (e bem!) teclados. Virgil Donati é um baterista dotado de uma técnica invulgar e de uma capacidade motora ainda mais impressionante. Tudo junto, só podia dar espectáculo.
Presentes estiveram pouco mais de 50 pessoas - o concerto praticamente não foi divulgado -, mas o empenho dos músicos em palco foi grande. Não é normal estes senhores passarem por Portugal com projectos mais pequenos (todos já tinham cá estado, mas integrados na banda de Steve Vai), mas para quem esteve no Music Box foi uma oportunidade única de ver 3 dos melhores músicos do mundo neste estilo a 2 passos de si.
Foi uma das melhores noites do ano a nível musical. Muitas mais estarão para vir!
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Tuesday, October 16, 2007
"Villa Lobos"
Sunday, October 14, 2007
The microphone explodes...
Cada vez tenho uma esperança maior de que os Rage Against the Machine se juntem de vez e façam uma tournée mundial. E, claro, que passem em Portugal! A fase Audioslave parece terminada de vez, e a reunião com Zack de la Rocha para alguns concertos este Verão faz prever que os RATM voltem a ser uma banda. Para já, têm seis datas marcadas para a Austrália e três no Japão, entre Janeiro e Fevereiro de 2008. Será que a seguir virá a Europa? Ou um álbum de originais???
Depois da enorme quantidade de pó levantado (pelos milhares de fãs aos saltos) em Algés :) na única passagem por Portugal, não me importava de repetir a experiência. Fiquem com um cheirinho da reunião dos RATM, este ano, no Festival Coachella.
Depois da enorme quantidade de pó levantado (pelos milhares de fãs aos saltos) em Algés :) na única passagem por Portugal, não me importava de repetir a experiência. Fiquem com um cheirinho da reunião dos RATM, este ano, no Festival Coachella.
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Tuesday, October 09, 2007
Arch Enemy at Download Festival
Só hoje descobri esta pérola, que pelos vistos já está online há quase um ano. Uma das melhores bandas de metal, aqui numa excelente actuação no Download Festival em 2006. Não recomendado a ouvidos mais sensíveis :)
http://www.downloadfestival.tv/mofo/watch/451/
http://www.downloadfestival.tv/mofo/watch/451/
Monday, October 01, 2007
Música no futuro ou o futuro da música
Os Radiohead preparam-se para revolucionar a forma como a música é distribuída e vendida ao público. O sétimo álbum vai ser lançado no dia 10 de Outubro, com venda exclusiva num site criado para o efeito. Até aqui, nada de mais. A grande novidade é que o disco, intitulado "In Rainbows", não vai ter um preço definido; cada um escolhe quanto quer pagar no momento da compra. O campo do "preço" está em branco, cabendo-nos a nós preencher com o valor que achamos justo pelo download do disco.
Em Julho, Prince distribuiu o seu último álbum gratuitamente com o jornal Mail on Sunday, no Reino Unido (3 milhões de cópias). A atitude do artista enfureceu as editoras discográficas e as lojas de discos.
Os The Charlatans também decidiram disponibilizar gratuitamente o seu novo álbum, a partir de 22 de Outubro, através do site xfm.co.uk
Onde tudo isto vai levar a indústria musical e os artistas, ninguém sabe ao certo. Num mercado que estava habituado a mudanças muito lentas - em várias décadas só a introdução do Compact Disc revolucionou os hábitos -, os últimos 2, 3 anos têm sido férteis em mudanças. As inovações sucedem-se mês após mês e os artistas tentam acompanhar as tendências. Hoje em dia, qualquer pessoa encontra com maior ou menor facilidade um disco na internet, e faz o download sem pagar um tostão. Até os Metallica, que há uns anos se revoltaram com o Napster e a partilha de ficheiros de música, já deram o braço a torcer e disponibilizam agora alguns conteúdos grátis para os seus fãs.
Não acho que seja bom princípio convencermos-nos que podemos ter os discos que queremos sem pagar. Afinal, os músicos, como os outros artistas, precisam de ganhar a vida, e é justo que paguemos pelos seus trabalhos. Acredito que as novas "leis" do mercado vão ser positivas no sentido de devolver a criação aos músicos, pois as editoras começam a ter cada vez menos poder para os "estrangular" com regras e obrigações contratuais. Isto vai fazer com que algumas pessoas que gravitam em torno da indústria, e se tornam milionárias à custa dos músicos, desapareçam. Muitas bandas já tomaram as rédeas da produção e distribuição, e começam também a perceber que o negócio está cada vez mais no merchandising e nas tournées, pois as vendas de discos caíram e vão continuar a cair. Para nós, o MP3 serviu para levarmos a nossa música para todo o lado e partilharmos com os amigos. Mas espero que as pessoas não se esqueçam de apoiar as bandas, comprando os discos que realmente gostam (apesar de, na música, os 21% de IVA serem completamente ridículos). Nós cá estaremos para ver em que direcção as coisas vão evoluir... ou regredir.
Wednesday, September 26, 2007
The Police
Estiveram cá hoje e demonstraram estar vivos e em boa forma. Um grande concerto de Sting, Summers e Copeland no Estádio do Jamor, que durou cerca de duas horas. O alinhamento foi muito semelhante aos restantes desta tournée, e albergou os grandes êxitos da banda, compostos nas décadas de 70 e 80.
Foi bom ver uma das bandas históricas no panorama musical mundial, principalmente quando já não se esperava. Afinal, a reunião dos três músicos valeu a pena, mais de 20 anos depois da separação.
Pena que não tenhamos oportunidade de ver em Portugal os Genesis (reunidos para a última tournée) ou os míticos Led Zeppelin, que se vão reunir para um concerto em Londres, e já estão a deixar tudo e todos em polvorosa.
Fiquem com a inimitável "Roxanne".
Foi bom ver uma das bandas históricas no panorama musical mundial, principalmente quando já não se esperava. Afinal, a reunião dos três músicos valeu a pena, mais de 20 anos depois da separação.
Pena que não tenhamos oportunidade de ver em Portugal os Genesis (reunidos para a última tournée) ou os míticos Led Zeppelin, que se vão reunir para um concerto em Londres, e já estão a deixar tudo e todos em polvorosa.
Fiquem com a inimitável "Roxanne".
Tuesday, September 11, 2007
Joe Zawinul
VIENNA (Reuters) - Keyboardist Joe Zawinul, who played with Miles Davis and helped shape jazz fusion with his band Weather Report, died in his native city of Vienna on Tuesday, aged 75.
Zawinul, voted best keyboarder 30 times by music magazine Down Beat's critics' poll, including this year, had sought medical attention last month after a tour. He died of a rare form of skin cancer, local news agency APA reported.
"Joe Zawinul was born on July 7, 1932 in earth time, and on September 11, 2007 in eternal time. He lives on," APA quoted his son Erich as saying.
Growing up in Vienna's poor Erdberg district during Nazi rule, Zawinul first showed his talent by playing the accordion with his family. He later won a free place in the Vienna Conservatory. As a young man his friends were the late former Austrian President Thomas Klestil and pianist Friedrich Gulda.
In 1959, Zawinul won a piano scholarship at Boston's Berklee College of Music, where many careers in contemporary music began, before joining the bands of U.S. jazz stars Dinah Washington and later Cannonball Adderly.
Miles Davis first approached the budding pianist in New York's Birdland jazz club, wanting to hire him, Zawinul once told an interviewer. Zawinul turned him down but said that when the time was right, they would make history together.
And when the time was right, they did. Ten years later, Zawinul wrote "In a Silent Way," the title cut for Davis' 1969 album regarded as one of the trumpeter's first forays into jazz fusion, a genre drawing on rock, R&B and other styles.
He played on and composed for Davis' "Bitches Brew" album in 1970, a chart-topping record considered revolutionary for the day and marking his crossover to a rock and pop audience.
Zawinul started Weather Report in 1970 with saxophonist Wayne Shorter. The band did much to bring electric piano, synthesizers, and African and Middle Eastern rhythms to mainstream audiences in a jazz setting.
Before its breakup in 1985, Weather Report released 17 albums. Its most famous song, "Birdland," published on the "Heavy Weather" album in 1977, won separate Grammy awards in three decades -- for the original version as well as for covers by Quincy Jones and Manhattan Transfer.
Following the break-up of Weather Report, Zawinul had fronted the Zawinul Syndicate for the past 20 years. After the group's tour this summer, he sought medical attention and was admitted to the Wilhelmina Clinic in his native city last month.
In 1963, Zawinul married Maxine, the first African-American Playboy bunny, whom he met in the Birdland club too. They mainly lived in Malibu, California. The couple had three children.
He also spent a lot of time in Vienna and started his own club there, also called Birdland. He had planned to give a concert in Vienna's concert hall on September 29.
Vienna Mayor Michael Haeupl said the musician would be buried in a grave of honor in Vienna.
Zawinul, voted best keyboarder 30 times by music magazine Down Beat's critics' poll, including this year, had sought medical attention last month after a tour. He died of a rare form of skin cancer, local news agency APA reported.
"Joe Zawinul was born on July 7, 1932 in earth time, and on September 11, 2007 in eternal time. He lives on," APA quoted his son Erich as saying.
Growing up in Vienna's poor Erdberg district during Nazi rule, Zawinul first showed his talent by playing the accordion with his family. He later won a free place in the Vienna Conservatory. As a young man his friends were the late former Austrian President Thomas Klestil and pianist Friedrich Gulda.
In 1959, Zawinul won a piano scholarship at Boston's Berklee College of Music, where many careers in contemporary music began, before joining the bands of U.S. jazz stars Dinah Washington and later Cannonball Adderly.
Miles Davis first approached the budding pianist in New York's Birdland jazz club, wanting to hire him, Zawinul once told an interviewer. Zawinul turned him down but said that when the time was right, they would make history together.
And when the time was right, they did. Ten years later, Zawinul wrote "In a Silent Way," the title cut for Davis' 1969 album regarded as one of the trumpeter's first forays into jazz fusion, a genre drawing on rock, R&B and other styles.
He played on and composed for Davis' "Bitches Brew" album in 1970, a chart-topping record considered revolutionary for the day and marking his crossover to a rock and pop audience.
Zawinul started Weather Report in 1970 with saxophonist Wayne Shorter. The band did much to bring electric piano, synthesizers, and African and Middle Eastern rhythms to mainstream audiences in a jazz setting.
Before its breakup in 1985, Weather Report released 17 albums. Its most famous song, "Birdland," published on the "Heavy Weather" album in 1977, won separate Grammy awards in three decades -- for the original version as well as for covers by Quincy Jones and Manhattan Transfer.
Following the break-up of Weather Report, Zawinul had fronted the Zawinul Syndicate for the past 20 years. After the group's tour this summer, he sought medical attention and was admitted to the Wilhelmina Clinic in his native city last month.
In 1963, Zawinul married Maxine, the first African-American Playboy bunny, whom he met in the Birdland club too. They mainly lived in Malibu, California. The couple had three children.
He also spent a lot of time in Vienna and started his own club there, also called Birdland. He had planned to give a concert in Vienna's concert hall on September 29.
Vienna Mayor Michael Haeupl said the musician would be buried in a grave of honor in Vienna.
Monday, July 30, 2007
Notas paralelas
O LA Times publicou ontem um excelente artigo sobre as semelhanças e as diferenças entre o jazz e o heavy metal. O primeiro estilo musical é considerado de elitista e complexo; o segundo é visto como brincadeira de crianças ou apenas como "barulho". Este texto, embora com as limitações de espaço que um jornal implica, traz algumas comparações interessantes entre os "dois mundos". Ao contrário do que muitos pensam, as semelhanças entre o jazz e o metal são muitas, e por isso muitos músicos tentam fundir os dois estilos.
"(...) heavy metal and jazz have been sipping quite a bit of lemonade on the veranda together lately. Bopsters used to disdain metal as kid stuff; metal dudes thought jazz was for geeks. But both forms — and forms ain't as pure as they used to be — tend to make huge technical demands, challenging the outer limits of fingers and mind".
A minha opinião sempre se aproximou a isto, pois o heavy metal pode ser tão ou mais complicado que o jazz, musicalmente falando, transmitindo as inúmeras emoções que a música pode transmitir. Nos dois estilos existem boas e más bandas, músicos exibicionistas (com os seus rapídissimos solos), e também grande parte dos melhores músicos de sempre.
"Some jazz players think that by putting a distortion box on their tone, all of a sudden it's rock," says Sherinian, lounging in his Valley home/studio. "But unless you grew up listening to Led Zeppelin, Van Halen, Black Sabbath, and you have that music in your heart, it's not gonna rock. Jeff Beck was the model for me, because he was a rock player who crossed over to the jazz side", diz Derek Sherinian, virtuoso teclista, que já passou pelos Dream Theater
Eu acho que qualquer dos dois estilos teve um papel considerável no desenvolvimento da música em geral, e discordo totalmente dos críticos de jazz que falam de um pedestal e olham para baixo para as bandas de rock. Gosto de ouvir ambos, e não acho que um estilo seja superior ao outro. Até porque a estrutura musical muitas vezes é semelhante, só que os instrumentos utilizados e a produção dos discos fazem-nos parecer muitas vezes como se estivessem em campos totalmente opostos. Por exemplo, Miles Davis aproximou-se muito do rock, enquanto bandas como Dream Theater ou King Crimson utilizam elementos jazzísticos, com outra "roupagem".
"In the '70s though, it was mainly African American jazz players who were crossing over to rock — selling out, many observers whined. But when Miles Davis heard Jimi Hendrix detonating sound bombs in the late '60s, he knew jazz needed to twist the volume knob. And electrified Miles begat a generation of fusioneers that included Tony Williams, John McLaughlin, Herbie Hancock, Chick Corea and Joe Zawinul, and Williams begat the nonpareil six-string speedster Allan Holdsworth".
Percebo que muitos sejam incapazes de gostar de dois estilos que soam, por vezes, totalmente opostos. Mas a ignorância e os comentários que muitos supostos entendidos fazem, levam-me a chegar à conclusão que de música percebem pouco. Apenas gravitam em torno desse mundo artístico e acham-se no direito de falar de coisas das quais deviam ter o mínimo de conhecimento.
Link para artigo completo
Sunday, July 29, 2007
Wednesday, July 25, 2007
The Jimi Hendrix Concerts
James Marshall Hendrix teve a sua primeira guitarra eléctrica aos 12 anos. A partir daí, pouco mais há a dizer e muito para ouvir. Hendrix morreu em 1970, com 28 anos, e hoje em dia só resta imaginar o que seria se ainda estivesse vivo. Nunca ninguém tinha ouvido um guitarrista tocar assim. Imagino o choque das pessoas na década de 60, quando ouviram o que Hendrix fazia com a guitarra. A partir de então o mundo nunca mais foi o mesmo.
O que me faz confusão é que muitas pessoas que adoram rock, blues, metal, etc., não conheçam sequer o trabalho daquele que foi, talvez, o melhor de sempre com uma guitarra na mão. Para quem já conhece, este é um grande disco. Quem não conhece, é uma boa oportunidade de se cultivar.
The Jimi Hendrix Concerts é um duplo álbum ao vivo, com algumas das suas melhores actuações e os seus grandes clássicos. Are you experienced?
Jimi Hendrix - Guitar
Noel Redding - Bass
Mitch Mitchell - Drums
Billy Cox - Bass on
"Red House" and "Hey Joe"
Part 1
Part 2
Tuesday, July 24, 2007
Who's the Master?
Há bandas que costumam tocar uma ou outra cover de vez em quando, para descontrair ou para homenagear algum grupo que os tenha marcado. Os Dream Theater têm esse hábito, com uma 'ligeira' diferença: é que quando o fazem, tocam um álbum inteiro. Entre Iron Maiden, Pink Floyd ou Metallica, os DT já mostraram ao vivo que não esquecem as suas influências.
Deixo aqui um álbum clássico, o Master of Puppets, dos Metallica, mas interpretado na íntegra pelos Dream Theater. A voz está diferente, mas pelo menos não há 'pregos'. É que em Lisboa deu para ver que os criadores do álbum já não conseguem tocar as músicas antigas mais complexas sem uns "aldrabanços". Esta versão do Master é "limpinha", do princípio ao fim...
Link para download
Deixo aqui um álbum clássico, o Master of Puppets, dos Metallica, mas interpretado na íntegra pelos Dream Theater. A voz está diferente, mas pelo menos não há 'pregos'. É que em Lisboa deu para ver que os criadores do álbum já não conseguem tocar as músicas antigas mais complexas sem uns "aldrabanços". Esta versão do Master é "limpinha", do princípio ao fim...
James LaBrie - vocals
John Myung - bass
John Petrucci - guitar
Mike Portnoy - drums, vocals
Jordan Rudess - keyboards
1. Battery
2. Master Of Puppets
3. The Thing That Should Not Be
4. Welcome Home (Sanitarium)
5. Disposable Heroes
6. Leper Messiah
7. Orion
8. Damage Inc.
John Myung - bass
John Petrucci - guitar
Mike Portnoy - drums, vocals
Jordan Rudess - keyboards
1. Battery
2. Master Of Puppets
3. The Thing That Should Not Be
4. Welcome Home (Sanitarium)
5. Disposable Heroes
6. Leper Messiah
7. Orion
8. Damage Inc.
Link para download
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Sunday, July 22, 2007
Constant Motion
Pela primeira vez, desde há muitos anos, os Dream Theater voltaram a gravar um videoclip. Praticamente ignorados pelos canais de ??música?? como a MTV, os mestres do progressivo deixaram de apostar no formato vídeo. Agora que assinaram contrato com uma major, a Roadrunner Records, os DT tiveram uma promoção como nunca visto até aqui.
O single do álbum Systematic Chaos, Constant Motion, uma das melhores músicas deste ano, foi agora apresentado em videoclip. A versão é mais curta, tem algumas passagens cortadas, infelizmente, mas vale a pena ver...
Para ouvir a versão completa (Audio) da música vão a http://www.myspace.com/dreamtheater
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Friday, July 13, 2007
Música grátis
Um excelente motor de pesquisa para encontrar MP3's e álbuns em RAR. Não estou a dizer para sacarem, é mesmo só para pesquisar... lol
http://www.jimmyr.com/mp3.php
http://www.jimmyr.com/mp3.php
Wednesday, July 11, 2007
Beyond
Foi a terceira vez, mas parecia ser a primeira. Sempre que há um concerto de Steve Vai, o nervoso miudinho não me larga até ao início do espectáculo. Não é que nos outros concertos não o sinta, mas com o Vai é diferente. A genialidade, a personalidade, a presença em palco, o talento deste guitarrista não é algo a que se assista todos os dias, mesmo para quem está habituado a ver concertos desde pequeno.
Esta noite, mais uma vez na Aula Magna, tive a sorte de assistir a um grande espectáculo musical. Com uma banda diferente, que incluia dois virtuosos violinistas, Steve Vai fez uma retrospectiva dos álbuns mais importantes da carreira, mas com alguns arranjos diferentes. Desde logo, os dois violinos em palco adicionaram uma tonalidade "exótica" à música indescritível de Vai. Depois é aquilo que já se esperava, uma banda de grandes músicos a acompanhar o genial Vai, que mesmo assim consegue ser um "one man show". Toca, canta (e não tão mal como dizem os 'entendidos'), interage com a banda e o público, tudo dentro de um ambiente de extrema boa disposição.
O som na Aula Magna estava excelente, como é hábito, o que ajudou a complementar as notas "debitadas" pelos músicos presentes. A duração do concerto, 2 horas e meia, soube a pouco.
Em suma, uma noite a recordar. Mais uma vez, obrigado Steve Vai pela música inspiradora.
Monday, July 09, 2007
Para a próxima já sabem...
A Inglaterra não está definitivamente com os Metallica. Depois de James Hetfield ter sido detido no aeroporto de Luton devido à sua barba (confundido com um taliban!!!), desta vez foi a BBC a interromper o concerto dos Metallica no Live Earth. A atitude da cadeia britânica levou mais de quatro centenas de fãs da banda a queixarem-se...
Sunday, July 08, 2007
Ministry
O último álbum de Ministry, intitulado "The Last Sucker", vai ser lançado em Setembro deste ano. Este disco marca a despedida de uma das bandas mais aclamadas do heavy metal industrial, após 11 álbuns e 27 anos de carreira. O álbum é o último de uma trilogia que desmascara as falhas e conspirações da Administração Bush, depois de "Houses of the Mole" e "Rio Grande Blood". O novo álbum vai ter também uma cover de "Roadhouse Blues" dos Doors.
'Taliban' à solta
James Hetfield foi detido num aeroporto britânico, quando a banda se deslocava para tocar no Live Earth. Parece que a barba do frontman dos Metallica gerou alguma desconfiança, dado o clima "paranóico" que se vive em Londres.
Saturday, July 07, 2007
I'm creeping death
Os Metallica colocaram online um vídeo oficial da abertura do concerto em Atenas (3 Julho 2007), incluindo a primeira música, "Creeping Death". Um início semelhante ao de Lisboa, 5 dias antes.
http://youtube.com/watch?v=OI0RGh_0_eQ
http://youtube.com/watch?v=OI0RGh_0_eQ
Friday, July 06, 2007
Três mestres
O que acontece quando se juntam três mestres da guitarra clássica? "Friday Night in San Francisco" é um dos álbuns ao vivo mais influentes na história da guitarra. John McLaughlin, Paco de Lucia e Al Di Meola proporcionaram um espectáculo inesquecível, que ficou para sempre imortalizado nesse álbum. O concerto remonta ao ano de 1981, mas a sua qualidade atravessou décadas e, ainda hoje, é uma referência neste género musical. As melodias, os acordes, as grandes cavalgadas, estão lá todas, sem guitarras eléctricas e sem distorção.
A qualidade de imagem não é a melhor, mas vale a pena recordar o clássico "Mediterranean Sundance" em vídeo. Aqui.
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Thursday, July 05, 2007
Carry On
Chris Cornell dispensa apresentações. Depois do excelente trabalho, nomeadamente nos Soundgarden, o vocalista formou mais recentemente os Audioslave, com elementos dos Rage Against The Machine. O som rock da banda perdeu o tom revoltado e agressivo de Zack de La Rocha, mas ganhou a melodia e o timbre inconfundível de Cornell, um dos melhores, se não o melhor vocalista de rock.
Pois bem, acabado que está esse projecto - os álbuns começavam a tornar-se muito iguais, parece que as ideias tinham-se esgotado - Cornell regressa em grande com um álbum a solo. Ao contrário de Euphoria Morning, este registo a solo está bastante interessante. Cornell é, além de grande vocalista, também um excelente compositor. E vale bem a pena ouvir este "Carry On" do princípio ao fim. Pelo meio, uma cover fantástica de "Billie Jean", de Michael Jackson... e mais não digo!
Se quiserem ter um cheirinho, vão a www.myspace.com/chriscornell
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